14 >> The Disappearance

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Tommy Lee POV's

Aquela noite estava com um misto de suspense e mistério. Eu nunca imaginaria que algum dia ela fosse me abandonar daquele jeito. Tudo bem, eu estava magoado com ela por mentir, mas cara, eu a amo. Ainda não sei lidar com a falta que ela me faz.
Já tentei de todas as maneiras ao meu alcance de descobrir onde ela está, preciso tê-la em meus braços outra vez. Ela me faz tão bem.

- Tommy? - Samantha me chamou a atenção - Tommy, seu cabeça de vento! Pare de viajar na maionese e vá atender o paciente do 502! - ela disse autoritária.

Cocei os olhos com as costas das mãos, repousei minha xícara de café em cima da mesinha branca e levantei-me seguindo em direção ao quarto do senhor Parker no fim do corredor branco e vazio do hospital.

- Então, senhor Parker, como se sente? - perguntei-lhe assim que adentrei o quarto.

- Estou me sentindo bem melhor, doutor. Obrigada por perguntar. - ele disse com um sorriso amarelo nos lábios.

Senhor Parker deu entrada no hospital faz uns três dias, estava tendo um ataque cardíaco, seu estado era bem grave. Também, um idoso no auge de seus setenta e três anos, acha que ainda é jovem e pode ficar fazendo estripulias por aí.

- Bom, o estado do senhor ainda é um pouco delicado pela idade que tem. Pelo amor de Deus, não se aventure desse jeito mais uma vez ou nos veremos apenas em seu enterro, ouviu? - ele soltou uma gargalhada e concordou com a cabeça logo depois de recuperar o fôlego. Sorri fraco, dei-lhe a medicação correta e saí do quarto o deixando um pouco sonolento.

Voltei para a sala onde estava antes. Samantha estava terminando de arrumar suas coisas, eram 21:23 PM e seu turno havia chegado ao fim.
Sentei-me à mesa e joguei a prancheta marrom clara em cima da mesma.
Samantha me olhava com os olhos semi cerrados.

- Perdeu alguma coisa? - perguntei com um certo tom de ignorância na voz.

- É ela, não é? Eu não acredito que ainda fica pensando em encontrar a ceguinha. Ela foi embora, Tommy, te deixou! Aceite os fatos! - Samantha disse sendo amarga. Levantei-me por impulso e apertei seu braço com certa força.

- Não a chame assim! - disse entre dentes - A culpa de você ser uma mal amada e amarga não é minha e tão pouco dela. Vai procurar quem te queira e me deixa em paz! - soltei seu braço de vez - E antes que me esqueça: não toca mais nesse assunto, ou ficarei muito, mas muito bravo com você. - eu disse.

Ela se recompôs e saiu do meu campo de visão com os olhos marejados e massageando o braço no qual eu havia apertado, mas não disse absolutamente nada. Era só o que me faltava!

Courtney Lauren POV's

Estava jogada de qualquer jeito no sofá assistindo à um filme de romance. Isso é um milagre. O filme se chamava A Última Música. Era lindo, nunca imaginei que assistiria filme de romance em toda a minha vidinha mais ou menos. Minha coluna começou a doer, então me consertei no sofá. O filme acabou e a pipoca também, eu estava morrendo de fome, nem parece que havia acabado de comer uma tigela cheia de pipoca.

Levantei a bunda do sofá, calcei meus chinelos e fui caminhando até a escada em direção à cozinha.
Eu estava me sentindo mais pesada que o normal, na verdade eu estava muito estranha, mas tudo bem.

Liguei as luzes e abri os armários na tentativa de encontrar um pacote de pipoca de microondas, não estou nem um pouco a fim de fazer pipoca de panela. Preguiça é a palavra certa.

Achei o último pacote que era de chocolate. Sorri abertamente quando vi o pacote, peguei o mesmo, tirei-o do plástico e coloquei dentro do microondas. Enquanto os milhos estouravam, abri a geladeira para pegar algo pra beber, optei por um copo de coca com rodelas de limão. Ah, qual é? Eu também sou filha de Deus.

A Criminosa IIOnde histórias criam vida. Descubra agora