Capítulo 28

617 73 12
                                    

O que haverá atrás de você
O que há atrás de uma lágrima?
O que há atrás da fragilidade?
O que há atrás do último adeus?
O que há atrás quando acaba o amor?
O que há atrás? 

RBD - Qué Hay Detrás 


James

Atordoado, é assim que me sinto. Não me lembro de nada que ocorreu na noite passada, minha cabeça dá voltas e voltas mas não chega em um algo certo, o medo, a vergonha, correm pelas minhas veias. Sinto meu coração estraçalhar dentro do peito ao ver a expressão de Amy.

- Por que fez isso comigo? Fala, responde. – diz alterada

- Eu não lembro de nada Amy, estava bêbado.

- Não venha com essa desculpa esfarrapada não, eu confiava em você, te amava e você me traiu James. – diz soluçando

- Me desculpa, eu não sou perfeito, mas foi um deslize. – digo chorando junto à Amy, sentindo meu coração se quebrando ainda mais

- Não James, trair é uma escolha e não um deslize.

- Amy...

- Eu confiei em você, e você quebrou a minha confiança.

- Amy eu não lembro de nada, nem sabemos se chegou a acontecer algo. Pode ser armado.

- Quando você conseguir provas de que isso é uma armação, a gente conversa. – ela saí em direção ao quarto e me deixa sozinho na sala

Olho para o meu telefone e vejo que Matt ainda não me respondeu, de certo está ocupado. Disco o número de John e ele atende na quarta chamada

- Fala.

- Oi para você também John.

- Estou ocupado, o que deseja.

- Preciso da sua ajuda.

- Em que exatamente?

- Acho que armaram para mim.

- Que merda você está falando?

Conto tudo para John e o mesmo me ouve atentamente sem me interromper, alguns minutos depois ficamos em um silêncio constrangedor até John quebrar o gelo.

- Eu só não te bato porque estou longe de você.

- Qual é John.

- Qual é nada, nunca assistiu filmes? – escuto seu tom indignado

- Sem brincadeiras. – falo entredentes

- Tá bom, parei. Vou conversar com alguns contatos e tentaremos descobrir o que aconteceu de fato.

- Obrigado irmão.

- Sem problemas, sabe que pode contar comigo sempre que precisar.

- Amo você. – declaro

- Também te amo. – responde – Tenho que desligar, mas prometo que vou em busca de informações.

Desligo o telefone e olho em direção ao nosso quarto, sinto um aperto no peito mas decido deixa-la sozinha, sei que ela precisa de um momento a sós. Pego minhas coisas e saio do prédio mais uma vez, volto no hotel onde acordei pela manhã procurando informações. Entro no hotel e vou até balcão onde tem duas recepcionistas conversando entre si.

- Bom dia.

- Bom dia - respondem juntas. – No que podemos ajudar? – pergunta uma das recepcionistas

Um clichê fora da CurvaOnde histórias criam vida. Descubra agora