Capítulo 3

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James

Depois de 20 minutos dirigindo chego ao restaurante La Bernardin, a hostess pergunta meu nome e depois de conferir ela me leva até a mesa reservada, peço uma taça de vinho Zinfandel e lagosta cozida em seu goulash com nhoque de batata. 10 minutos depois o detetive Moore chega

- Desculpe o meu atraso, o cliente com quem estava enrolou no assunto.

- Tudo bem, faça o seu pedido e logo entraremos no assunto do motivo da sua contratação.

Moore chama o garçom e faz seu pedido, enquanto os pratos não chegam eu adianto o assunto ao detetive.

- Sabe que isso não vai ser fácil não é?

- Imagino.

- Lembra de algo daquela noite?

- Não muito, só lembro que a deixamos no Brooklyn.

- Sr. Lynch eu vou ser bem sincero, esse caso não vai ser nada fácil, muitos casais do Brooklyn adotam crianças e a sua filha pode ser qualquer uma delas.

- Eu sei.

- Mesmo que isso seja difícil eu vou dar o meu melhor neste caso.

- Obrigado detetive.

Nossos pratos chegam e logo estamos desfrutando da deliciosa comida, antes de sair envio uma mensagem a John perguntando se eles estão na mansão alguns minutos depois ele me responde que sim. Desligo o telefone e saio do restaurante indo em direção a casa dos meus pais 2 horas depois estou na frente da mansão, não sei se tenho coragem de falar com a minha família o que tenho para falar, o que eles vão pensar de mim depois que souberem a verdade? Depois de um bom tempo encarando a mansão decido bater na porta e quem atende é uma Florence meio sorridente.

- Oi maninho, finalmente veio ver sua família.

Florence está certa, depois que demos a "notícia" eu não conseguia entrar na mansão, a minha consciência não permitia e cada segundo nesta casa era um tormento para mim.

- Desculpa Florence, sei que tenho estado ausente esses últimos anos.

Florence me dá um sorriso triste.

- Eu entendo você, sei que não deve ser fácil perder uma filha.

- Florence pode reunir todos na sala por favor? – mudo de assunto – eu tenho algo sério para contar para vocês.

- Tudo bem – Florence diz meio preocupada

Alguns minutos se passam e todos estão reunidos na sala, meus pais, irmãos e a vovó Margareth.

- Oi meu filho – mamãe me abraça e da um beijo na minha bochecha

- Oi mãe.

- Desculpa não termos ficado com você ontem, sei que foi um dia difícil para você.

- É sobre isso que eu vim falar com vocês.

- O que tem para nos dizer James? – a pergunta vem do meu pai

- Antes de tudo eu quero dizer que sinto muito, eu me arrependo de tudo o que eu fiz. – digo já com lágrimas nos olhos

- Está nos preocupando querido.

- Quando eu assumi a presidência da The Company aos 21 eu estava totalmente desesperado com a mídia que começou a pegar no meu pé por tudo o que eu fazia, em uma certa noite Lindsay foi até o meu apartamento e me entregou um comprimido, ela disse que eu estava muito estressado ultimamente e eu precisava extravasar eu tomei aquilo sem nem pensar nas consequências e depois daquilo tudo começou a ir por água abaixo e eu me tornei um viciado em ecstasy. Aos 25 eu e Lindsay nos drogamos e fizemos sexo loucamente, a consequência disso veio alguns meses depois. Lindsay queria abortar mas eu conversei com ela e a convenci de que isso não seria o melhor a se fazer, quando minha filha nasceu nos a abandonamos em uma casa qualquer no Brooklyn. Minha filha não morreu, nós a abandonamos.

Um clichê fora da CurvaOnde histórias criam vida. Descubra agora