Capítulo 35

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Não é apenas onde você deita sua cabeça

Não é apenas onde você arruma sua cama 

Gabrielle Aplin - Home 


Amélia

Adentro o hospital com um jarro de copo de leite nas mãos, sou recepcionada por sorrisos calorosos e abraços afetuosos. Essa tem sido minha rotina ultimamente, James precisa ficar mais algum tempo internado no hospital e desde que ele acordou não o deixo de visitar nenhum dia. Nossa vida está voltando a ser o que era antes e tudo está voltando ao seu devido lugar, James e eu reatamos nossa relação e ele tem estado mais carinhoso que nunca, as vezes me pego suspirando e olhando-o com uma cara de boba apaixonada, sinto-me feliz.

- Bom dia Amy. – Crystal a enfermeira me cumprimenta

- Bom dia Crystal, como você está?

- Vou bem e você? Lindas flores.

- Estou bem. Obrigada, é para o quarto de James.

- Você sempre deixa aquele quarto com mais vida, amo suas flores.

- Obrigada mas agora tenho que ir.

- Vai lá, tchau Amy.

- Tchau Crystal.

Continuo meu caminho até o quarto de James e quando chego lá o encontro junto a Matt, depois que James acordou ambos estavam receosos de começarem uma conversa mas depois de um empurrãozinho se soltaram e voltaram a ser os amigos que eu conheci.

- Olá meninos.

- Oi amor. – James diz sorridente

- Como você está? – deixo o jarro em cima da mesinha ao lado da sua cama e logo sou puxada para um beijo

- Me sinto bem, amei as flores. – dou um sorriso

- Então acertei na minha escolha.

- Com certeza.

- Como está Chelsea? – pergunto a Matt

- Bem, anda mais estressada que o normal mas ela está bem.

- Isso é normal, oscilações de humor.

- Não vejo a hora de ter Henry em meus braços. – Matt diz com um sorrisinho bobo

- Está escrito na sua testa Matt. – James brinca com o amigo

De repente uma nostalgia me bate, lembro-me de Mel e de que estaríamos perto de conhece-la, eu estaria perto de entrar no oitavo mês de gestação e provavelmente estaria apavorada. Meus olhos lacrimejam e sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Me assusto quando a mão de James afaga minha bochecha e limpa a lágrima que acabou de escorrer.

- Desculpe, eu me lembrei da Mel. – digo com a voz rouca pelo choro que está por vir – Eu estaria entrando no oitavo mês de gestação e nós estaríamos perto de conhecer nossa garotinha.

- Não se desculpe querida. – James diz com a voz embargada – Vem cá.

Não recuso o conforto de seus braços quando James me puxa, deitados na cama hospitalar enquanto ele me abraça e faz carinho em meus cabelos, sinto sua boca encostar no meu ouvido e ele murmura baixinho o quanto me ama e que sempre vai estar aqui por mim. Me desfaço em lágrimas enquanto sou embalada por braços fortes que me dão a sensação de proteção, carinho, conforto e lar, porque ele é o meu lar.

Um clichê fora da CurvaOnde histórias criam vida. Descubra agora