Aᴍᴏʀ

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❝Eu só quero adormecer ao seu lado e esquecer o mundo caótico ao nosso redor, absorvido em seus braços e sentindo seu calor irradiar de você como se fosse o sol. ❞

Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 27

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Nova York, 9 de maio de 2018.

Após a manhã de trabalho aparentemente interminável, Lin estava em um estado de ansiedade quase nunca visto antes. As suas mãos estavam a suar e ele sentia que iria desmaiar a qualquer momento, mesmo que uma parte do seu corpo lhe garantisse que, no fundo, tudo estava perfeitamente bem. Durante toda a manhã, sua mente o perturbou com possibilidades que poderiam ocorrer durante a viagem antecipada de Ari a Paris; acidentes, erros de planejamento, perseguição da mídia... Eram tantas coisas que mal conseguia contar nos dedos.

Sua cabeça não conseguia descansar por um único segundo, sempre o fazendo pensar que a partir do momento em que Ari decolasse naquele avião, sua vida voltaria a ser um tormento impossível de viver-se. Mesmo que preferisse não o admitir a si próprio, aquele rapaz tinha-lhe trazido a luz que ele pensara ter perdido para sempre, definhado como areia fina através dos seus dedos. Mas, não. Ele tinha recuperado aquela luz sem qualquer esforço, somente com seus sorrisos gentis, sua preocupação perante a si, todos aqueles pequenos detalhes que talvez não parava para analisar conforme o dia se passava.

Aqueles detalhes que o tinham feito apaixonar-se por Ari. Sim, apaixonar-se. Foi finalmente capaz de admitir isto nos seus pensamentos sem sentir uma tremenda culpa borbulhando dentro de si como a lava de um vulcão prestes a entrar em erupção. Mas apesar disso, falar em voz alta era muito mais difícil. Conseguia demonstrar com algumas ações, mesmo que o seu jeito difícil de lidar permanecesse superior muitas vezes, fazendo-o temer que, de fato, Ari não tivesse captado nenhum dos sinais.

Claro, eles já tinham dormido juntos e isso foi um enorme passo em frente de todas as suas inseguranças, mas isso ainda não provava o quanto ele estava apaixonado por Ari. Tinha-lhe dito como o tinha feito querer viver novamente, mas, Deus, se lhe pudesse dizer que isso não era nem metade do que queria transmitir...

— Você está liberado. — A voz de Finn então fez-se presente na sala em que se encontrava novamente, fazendo-o perceber que de fato estava num lugar físico. — Não disse que iria encontrar Ari sei lá aonde?

— Sim... — Respirou fundo. — Eu já vou.

— Certo, eu tô indo. Vou me encontrar com Maeve. Quando sair, passa a chave na porta. — Lin assentiu enquanto o via sair rapidamente da sala.

O homem respirou fundo, levantando-se da sua cadeira e olhando fixamente para os edifícios que eram visíveis devido às grandes janelas. Por vezes perguntava-se o que teria sido dos últimos meses se não tivesse sido aceito por Finn, se nunca tivesse vindo a esta empresa e ido trabalhar noutro lugar. Talvez tivesse sido menos caótico e mais monótono, como ele inicialmente queria que fosse trabalhar com Finn, mas depois de todos estes meses, agora ele não se importava muito com o caos. Desde que Ari fizesse parte dele, ele não se importava com o resto.

Deu de ombros, então pegando as suas coisas e fechando a porta assim que saiu da sala para não correr o risco de esquecer-se de trancá-la ou coisa parecida. Enquanto o elevador chegava ao seu destino, sentiu novamente aquele pico de ansiedade retornar. O que Ari gostaria de lhe mostrar? E se, na verdade, ele apenas lhe tivesse chamado lá para que terminasse com tudo por conta de como as coisas haviam sido expostas com tanta rapidez?

Quando as Luzes se ApagamOnde histórias criam vida. Descubra agora