Prólogo - Oʟʜᴏs ᴅᴇ Esᴍᴇʀᴀʟᴅᴀ

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❝Seus olhos verdes como esmeralda reluzem nesta noite escura como se estivessem cobertos por prata.❞

A CONTINUAÇÃO JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO MEU PERFIL. SE CHAMA: ''No Brilho dos Seus Olhos''

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AVISO! Essa história contém:

— Menções ao suicídio/automutilação.

— Uso de drogas.

— Sexo explícito.

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Nova York, 12 de Dezembro de 2014.

Eu estou pensando em acabar com tudo.

Eu sei... Esta pode não ser a melhor frase a ter em mente, mas enquanto me arrasto por essas malditas escadas que parecem não ter fim, é tudo o que se passa nela.

Tento não fazer qualquer barulho, porque, sinceramente, não quero que ninguém saiba o que estou prestes a fazer. Mas quem estou enganando? Duvido que alguém aqui realmente se importe com isso. Assim, quando finalmente chego ao fim das escadas, deparo-me com a porta que tem um aviso mal pendurado e a tinta já gasta, que dizia:

"ᴄᴜɪᴅᴀᴅᴏ! ᴀᴘᴇɴᴀs ғᴜɴᴄɪᴏɴᴀ́ʀɪᴏs. "

Que funcionários? Esta espelunca que mal posso chamar de lar mal tem alguém para varrer os corredores. De qualquer forma, respiro fundo e, já sabendo que ninguém teria trancado a porta novamente, apenas levo minha mão à maçaneta e giro. Como imaginei, estava aberta.

Um sorriso desabrocha no meu rosto e depois passo pela porta, sentindo o meu rosto a ser acariciado pela brisa do vento pouco depois. Sim, está consideravelmente frio aqui fora com a temperatura usual de Dezembro e a minha camiseta de manga curta, mas, neste momento, mal consigo me importar. Continuo seguindo em frente.

Eu já vim aqui várias vezes antes. Na maioria das vezes, fico sentado no chão, esperando algum tipo de inspiração ou epifania artística ao olhar para o céu. A vista do pôr do sol desse lugar é simplesmente estupenda.

Mas desde que meu irmão morreu, há dois meses, há outro motivo para eu vir aqui. Eu quero acabar com tudo, e hoje penso ser um bom dia para isso.

Apesar de estar frio, não neva nem chove. O vento também não é muito forte e o movimento das ruas, mesmo sendo Dezembro, também não é muito exacerbado. É o dia perfeito.

Porém, assim que os meus pés estavam apenas a alguns centímetros do limite do telhado, uma voz masculina, baixa, e com uma ligeira entonação de preocupação chama-me a atenção.

— Por favor, não faça isso. — Antes que eu pudesse identificar um rosto para tal voz, ela diz novamente.

Eu me viro lentamente e logo os meus olhos encontraram os de um rapaz. Ele estava a metros de mim, bem à porta que dava para a entrada do telhado. Ele usava uma máscara preta que me impedia de ver completamente o seu rosto, mas que deixava à mostra os seus belos e hipnotizantes olhos verdes.

Se eu pudesse descrevê-los exatamente, diria que são como a esmeralda mais brilhante alguma vez vista por um homem. Eram cativantes. Tanto que eu não consegui conter um único sorriso quando os vi.

Quando as Luzes se ApagamOnde histórias criam vida. Descubra agora