Lᴜxᴜ́ʀɪᴀ

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Quero sua alma respirando fortemente contra minhas clavículas. Quero seus pensamentos mordiscando meus ouvidos, suas paixões pressionadas contra meus lábios, suas esperanças nuas sobre minha pele, suas opiniões intensas sob minhas mãos e seus desejos deixando sair suaves gemidos contra minha alma. ❞

Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 22

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Nova York, 6 de maio de 2018.

Lin fitou-o brevemente, ainda assimilando o que lhe havia sido dito, e seguidamente, aproximou-se para beijá-lo. Ari pareceu surpreso por um momento, como se não esperasse que ele de fato faria alguma coisa, mas retribuiu sem pensar duas vezes, levando as suas mãos para a sua cintura.

Puxou-o para mais perto, sentindo as mãos de Lin passarem pelas suas costas. O homem intensificou o beijo, grunhindo ao senti-lo passar as mãos nas suas coxas, e arregalando os olhos quando o viu erguê-lo para que se sentasse no balcão. "Ari...", disse baixo assim que se afastou, fitando-o diretamente nos olhos.

— Está tudo bem? — Quis saber. — Se foi demais, eu posso...

Não. — Segurou a sua mão. — Me toque. Acho que preciso disso, por favor, me toque... — Colocou as pernas ao redor da sua cintura e encostou a cabeça no seu peito. — Acho que você é o único capaz de me tocar e não me fazer sentir total desgosto comigo mesmo. — Respirou fundo. — Então... Me toque. Se for demais, eu aviso.

— Certo. — Sorriu.

Antes que Lin pudesse dizer mais alguma coisa, o jovem aproximou-se novamente e, ao contrário de antes, agora parecia mais impaciente, com ardor em cada pequeno movimento. O rapaz segurou o seu rosto com a mão por um momento, contemplando cada detalhe, apercebendo-se de quão belo ele era, e em seguida passou a sua língua pelo lábio inferior. Confundiu Lin por um momento, quando não se acercou para beijá-lo, mas conduziu as suas carícias para a sua mandíbula, vagarosamente descendo.

Ao sentir a língua no seu pescoço, um pequeno grunhido escapou-lhe dos lábios, sentindo Ari sorrir contra a sua pele à resposta que obteve. Respirou fundo, tensionando as pernas contra a cintura do jovem, que continuava a depositar beijos, recebendo sempre a mesma inibida resposta. No entanto, foi diferente quando ele puxou uma parte da pele com os dentes, fazendo Lin soltar um gemido, o que o deixou completamente vermelho de constrangimento, levando uma das suas mãos até à boca, como se isso ajudasse em alguma coisa.

Ari afastou-se por um momento, olhando francamente para os seus olhos escuros, que pareciam ainda mais densos à medida que a luxúria corria pelas suas veias. O jovem não disse nada, apenas esboçou um sorriso malicioso enquanto passava os dedos ao longo da barra da sua camisa, como se lhe perguntasse indiretamente se poderia retirá-la. E depois de um breve aceno de cabeça, ainda tentando não deixar que a vergonha tomasse completamente conta do seu corpo, Ari removeu a camisa branca do homem.

— Porra, você é tão lindo, Lin... — ele grunhiu por um momento, enquanto o homem sentia as suas bochechas ficarem ainda mais rosadas.

Lin não conseguia dizer nada, era como se tudo o que ele tinha trabalhado arduamente para realizar com excelência — não demonstrando nada — estivesse a desmoronar-se diante dele com cada toque daquele rapaz. Ele passou os dedos lentamente pelo seu peito, contemplando o seu corpo por um breve momento. Os seus ombros largos, cintura fina, e algumas cicatrizes espalhadas pelo seu abdômen, sendo uma das mais óbvias logo abaixo das costelas, como se um corte profundo tivesse estado lá em algum momento.

Quando as Luzes se ApagamOnde histórias criam vida. Descubra agora