Ela cravou a unha no meu rosto e senti a ardência, lágrimas começaram escorrer, tentei me soltar dela mas foi em vão, comecei a gritar pedindo pra minha mãe parar mas ela só continuava a da tapa na minha cara...
Gil: Só tô batendo na cara porque tá grávida, porque se não tivesse ia te amassa todinha de perna de três só pra você deixar de ser vagabunda e aprender ser mulher de verdade.
Ouvir o barulho da porta abrindo e o Fagner tirando minha mãe de cima de mim, tia Karla olhava debochada pra mim, apenas fechei os olhos pedindo pra Deus que isso tudo passasse logo.
Gil: Amanhã Laís, você vai procurar saber onde a Bruna esta, ir até ela comigo e vai contar tudo, vai pedir desculpas, e se ela quiser levar isso pro desenrolo você vai bem bonitinha... E enquanto o pai do bebê, adianta de ir falar pra ele logo que você não vai sustentar filho sozinha não, ele também fez e vai criar também.. filho da outra amante dele tá bancando tudo e do seu vai bancar também. E Fagner me solte se não próximo que vou cravar minhas unhas vai ser você. - ouvi o passos dela saindo do quarto e do Fagner logo em seguida.
Continue de olhos fechados apenas orando... Mas senti a sensação de estar sendo observada, abri os olhos era tia Karla me olhando, pedi que saísse do quarto e fechasse a porta.
Assim que ela saiu, levantei, tranquei a porta e desabei em chorar, mas não chorei por arrependimento de ter me envolvido com o Diego ou por causa do bebê, eu chorei pelas palavras da minha mãe... Sei que nunca me esforcei pra ser o orgulho dela, mas ouvir isso diretamente da boca dela me machucou.
Isso doeu mais que qualquer tapa que ela me deu, nenhum filho tá preparado pra escutar essas palavras da mãe. Mas isso também fez eu repensar minhas atitudes e tentar fazer diferente agora, talvez esse seja meu recomeço, minha chance de ser uma outra pessoa..
Entrei no banheiro, tirei a roupa, tomei banho, limpei meu rosto e passei uma pomada onde tinha uns arranhados fundos, a unha da minha mãe é de fibra de vidro e o arranhão foi fundo. Saí do banho me enrolei na toalha, vesti uma roupa de dormi, apaguei todas as luzes e liguei o ar. Deitei e dormi um pouco...
Acordei com a Vitória batendo na porta, olhei a hora era oito da noite, abri a porta ela entrou com um bandeja com lanche, sorri agradecendo.
Laís: Obrigada Vih, de coração mesmo... - sentei na cama pra comer. - Pensei que já tinham ido...
Vitória: Tio Maurício e Tia Karla já foram com a Emilly, eu pedi pra ficar, queria fica com você, cê deve não está bem... Eu coloquei um Dorflex no suco, deve tá sentido dor...
Laís: Valeu mesmo, cê é um anjo. - ela sorriu.
Comi meu lanche, escovei os dentes e deitei de novo, Vitória desceu com a bandeja e subiu novamente, chamei ela pra dormi comigo.
Ela me contou um pouco do que minha mãe e minha tia tinham conversado enquanto eu estava dormindo. Vih me contou que minha mãe tá em um ódio que só comigo, disse também que ela discutiu até com o Fagner porque ele tinha me defendido.. Só entrego tudo nas mãos de Deus e peço que tudo isso passe.