Hoje eu tenho orgulho da Ana Laís que me tornei, não foi nada fácil passar pelo que eu passei, não foi fácil escutar palavras que escutei, escutar julgamentos, receber olhares de reprovação e entre outros, mas hoje vejo que tudo isso foi essencial pra eu ser quem sou.
Não me arrependo de nada que eu fiz, de nada mesmo. Claro que se eu pudesse voltar atrás eu não faria, o que fiz foi errado, tenho total consciência disso. Eu tinha dezenove anos, tinha senso nenhum, só queria saber de baile, droga e bebida, queria nada com a vida, dependia da minha mãe e do Fagner.
Já errei muito nessa vida, nunca fui perfeita e tô longe de ser ainda, hoje em dia já tenho mais juízo, tenho senso. Graças a Deus e ao meu esforço não dependo de mais ninguém, se quero comprar algo vou lá e compro, se eu quiser viajar, viajo sem precisar pedir.
O que quero somente é seguir minha vida em paz, só isso, muito velha já pra ficar me metendo em problema, Deus me livre, quero é só trabalhar.
Inauguração do espaço hoje, vamos fazer um coquetel, muito chique, ainda chamamos umas blogueira pra divulgar, tudo né, eu tô amando essa minha vida de empresaria, não tem coisa melhor no que ver o meu trabalho progredindo, e é melhor ainda ver quem desacreditou de mim se mordendo, adorom.
Laís: Amor, tô indo. - dei um selinho nele. - É pra olhar o Vinícius e não dormir tá escutando?!
Diego: Tô ligado preta. Felizão por tu, queria tá lá contigo, mas tu sabe que não posso né.
Laís: Obrigado preto, te entendo, se preocupa não, mais tarde a gente comemora juntos. - dei outro selinho e saí.
Eu também queria muito o Diego presente nesse momento comigo mais infelizmente não posso, não dá ela ele ficar pra cima e pra baixo comigo, já basta a gente morar na pista, e também se ele fosse ia a tropa de segurança junto, uó.
Mas em compensação ele mandou fechar um espaço só pra os íntimos mesmo comemorar, tô toda boba. Entrei no carro e o motorista guiou pro espaço, cheguei às meninas já tinha chego, Sayuri e Viviane tinham que tá aqui né, ia ter nem graça se elas não estivessem.
Laís: Amigas. - abracei elas. - Feliz que vocês vieram.
Viviane: Claro que eu ia vim Laís, vi essa porra nascer do zero, trabalhei juntinho contigo.
Sayuri: Pois é, e também não ia deixar de comemorar com você sua conquista e da maluca da Eloísa.
Laís: Conquista nossa, se vocês não trabalhassem comigo no espaço lá favela eu não estaria abrindo esse, feliz por nós.
Nos abraçamos mais uma vez, sou muito grata a Deus por ele ter colocado essas meninas na minha vida, minhas melhores. E o mais irônico é que eu priorizava minha família e nem pensava em amizade, e justamente minha mãe e minha tia me viraram as costas quando precisei, se não fosse minhas amizades não sei oque seria de mim.
Amo muito meu amigos, tanto os meninos quanto as meninas, VT, Denilson em ajudaram muito, Gael infelizmente nos afastamos, mas também sou muito grata a ele, Marq que Deus a tenha, já me ajudou muito também. Por eles eu pulo no miolo, irmãos do coração eles.
A inauguração foi um sucesso, monte de mandame brotou aqui, e eu fiquei como, um nojo né, vai ter favelada preta empresária sim nesse caralho, mostrar pra elas que cheguei aqui sem subir em cima de ninguém.
Eloìsa: Bora pra nossa resenha, tô doida pra escutar um proibidão com uma taça de gin rosa, quero me sentir poderosa.
Laís: Esquece gin rosa hoje Eloìsa, parada mesmo é champanhe porra.
Eloìsa: Babado só melhora. - rimos.
Coquetel acabou guiamos pro salão que o Diego tinha fechado pra nossa resenha, era um salão perto da favela pra geral que não pode colocar a cara na pista ir, chegamos já tinha algumas pessoas.
Na real só tinha mais bandido conhecido do Diego do que conhecido meu, também tô nem aí, ele que tá pagando tudo e então não vou nem opinar. Minha tropa tá toda aqui tá suave.
Sei que o Diego mandou alugar até brinquedos para as crianças, comida a vontade, bebida aqui é lixo hoje, tô prevendo que saio daqui carregada.
Diego chegou com o Vinícius, meu menino veio correndo pra mim, abracei ele, minha vida todinha. Diego também veio até mim e me abraçou, desfez o abraços, colocou a mão no bolso e tirou uma caixinha, eu já tava me derramando em lágrimas.
Diego: Sei falar essas parada romântica não, então vou direto ao ponto, quer casar comigo preta?
Laís: Só não quero me arrepender disso, eu aceito. - sorri.
Ele colocou o anel no meu dedo e me beijou, povo tudo batendo palmas né, eu morri de vergonha. Eu amo muito o Diego, percebo que o sentimento é recíproca, nenhum de nós dois é perfeito, nós dois começamos esse lance no erro, os dois tem motivos pra desconfiar um do outro.
O que resta pra nós é tentar fazer nossa vida juntos com o nosso filho, viver esse AMOR PROIBIDO.
FIM!!