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Hoje foi dia de repor os materiais aqui na loja, as coisas chegou de manhã, ajeitei tudo em seu devido lugar, anotei tudo pra no fim do mês eu não ficar doida tentando lembrar em quê eu gastei o dinheiro.

Cês acredita que após aquele dia lá que fui comprar cerveja com elô, minha mãe mandou mensagem pra mim falando que tava feio pra mim fazendo papel de amante debochada, e que era pra eu seguir minha vida e deixar a mona lá em paz, que eu já tinha destruído o casamento dela e se eu fosse mulher de verdade não era nem pra frequentar o mesmo lugar que Bruna.

Isso me deu um ódio que não tá escrito, eu nem sabia que a mona tava lá, da forma que entrei lá, saí, nem olhar pra elas eu olhei, vem minha mãe dizer que eu tava de deboche, uó cara. Eu não gostava desse babado de afronte não, eu era capaz de sair do lugar que a mona tava só pra não ficar no mesmo lugar que ela, mas agora vou ficar sim, e se quiser, ela que saia, euem. Ficar de deboche não vou não, mas ela vai ter que aturar minha presença no mesmo ambiente que ela.

Meu celular tocou, era minha colega avisando que tava na entrada da favela, peguei minha pcx e fui buscar ela.

Flávia: Graças a Deus tu chegou rapidinho, tava morrendo de medo de ficar aqui sozinha com esses cara me olhando.

Laís: Da em nada não amor, eles só olha mesmo, e se vinhese falar algo contigo tu falava logo que veio falar com a Laís.

Flávia: Sei não em.. hummm, tem conceito na favela elaa. - riu.

Laís: Pra puta que pariu mona, sobe logo. - ela subiu na moto e guiei pra casa.

Coloquei a moto na garagem, entrei em casa com a Flávia, Viviane tava na sala com o Vinícius, meu filho me viu começou a dar os braços pra eu pegar ele, peguei meu pequeno no colo.

Laís: Iti mamãe, saudades já. - fiz cosquinha na barriga dele e ele gargalhou.

Flávia: Coisa fofa meu Deus, útero até coça vendo uma coisa dessas.

Laís: Não aconselho não, só se tu tiver disposta mesmo, mas enquanto eu tiver sã consciência não aconselho ninguém a ter filho,  eu mesmo não quero ter outro não, só se Deus mandar, mas se depender de mim não tenho mais.

Flávia: Deve ser muito difícil mesmo, sofro quando os filhos do neném vão lá pra casa, e olha que eles já são grandinhos em.

Laís: Imagino colega, aquele menino deve ser virado no capiroto mesmo, cara dele diz tudo.

Flávia: Aquele dali parece que foi encomendado, mas puxou o pai né, neném também né essa flor toda não, bagunceiro toda vida, bagunça mais que as crianças.

Passamos o resto da manhã e um pouco da tarde papeando, colocamos o assunto em dia, contei um pouco da minha história a ela mas não entrei nos detalhes, colega também contou um pouco do relacionamento dela, na hora do almoço fomos almoçar todos fora, eu, ela e a Vivi, e claro o Vini junto.

Deixei a mona na entrada da favela e esperei o Uber chegar, ela entrou no carro voltei pra casa, hoje vou trabalhar só na parte da noite, tô vendo que vou até de madrugada.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora