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Cheguei no Salgueiro era quase duas da tarde, trânsito uó, ainda mais na ponte, eu tava quase pra ter um treco dentro do carro, hora passava nunca, calor que tá fazendo então, piora tudo, só Deus na causa em.

Ainda pra piorar tudo não queriam liberar a passagem da Elô com o carro, a gente só passava só se fosse apé, uó né gente, euem, andar abessa até a casa da minha tia cara, desistimos de tentar convencer os segurança liberar pra não dá ruim pra nós, fomos andando mesmo, chegou num ponto que tinha moto táxi, a gente foi de moto táxi né, não somos boba.

Chegou na casa da tia Karla, descemos da moto, pagamos o moto táxi. Trouxe o Vini também, me arrependi babado de ter trazido, mas eu quis trazer ele pra conhecer né, ainda mais daquelas coisas lá, que a mulher falou que ele veio pra abrir caminhos entre nós.

Eloísa: Primeira vez e última que venho aqui, muita peleja pra chegar em, uó.

Laís: Peleja mesmo colega. - Chamei a minha tia e a Vitória veio abrir o portão, disse que tia Karla tinha saído.

Entrei, fui beber água, morrendo de sede já, dei água ao Vini também, e ofereci a Elô, guardei a garrafa na geladeira e lavei os copos, fui pra laje pra ligar pro tal, nem lembro do nome da benção. Liguei atendeu de primeira, falei que tava na favela, ele perguntou onde eu tava e disse que ia mandar alguém vim me buscar, desliguei e voltei pra sala.

Vitória: Mulher, tu não fica em paz nunca não? Cada babado que acontece contigo. - negou com a cabeça.

Laís: A paz parece que é minha inimiga, acho que não gosta de mim não em. - Já tinha contado a ela sobre o que aconteceu, e sobre o que vim fazer aqui em São Gonçalo também.

Chegou um carro buzinando, respirei fundo e desci com o Vinícius, perguntei se tinha vindo a mando do tal e ele confirmou, entrei no carro orando já. Chegamos numa casa até que arrumadinha por fora, desci do carro e segurei na mão do Vini. Entramos na casa e o homem falou pra esperar que o "mano" tava chegando.

Esse negócio de gostar de traficante tá no sangue, não é possível, e infelizmente só nós envolvemos com os que não presta, quer dizer, com o Fagner minha mãe teve sorte abessa, mas eu, só ladeira a baixo.

Um homem alto entrou na sala, fiquei boba quando vi quem era, ele também ficou um tempão me olhando de cima a baixo, não é possível que seja ele, sei nem onde enfiar minha cara.

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Quem será que é o pai da Laís?? Kkkkk

Mário, 42 anos

Meta é de 15 comentários, isso não é nada pra vocês, porque sei que são capazes de bater essa meta

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