Se eu soubesse que o encosto do Diego tava nesse camarote com a mona dele eu nem tinha subido pra cá. Pior que agora não tem nem como ir pro outro, baile tá cheio e pra passar no meio do povo só com bico pro alto. Afe.
Fui no freezer e peguei uma corona, ficar só na cerveja hoje, mais tarde talvez uso um lança ou uma balinha. Começou a tocar as músicas enaltecendo os bofe da boca, uns deram tiro pro alto e outros foi da a volta no baile.
Diego foi no trem que foi da a volta. A mona dele se aproximou de mim, falar real, me sinto mal pra caralho de ter ficado com o bofe da mona.
Mas posso fazer nada, o bofe que me procurou. Mona até veio puxando assunto, perguntando pela minha mãe e pela tia Karla, respondi né, não ia deixar a garota do vácuo.
Bruna: Tua mãe, vem pro baile não? - diz bebendo a bebida dela.
Laís: Não não. - Me balancei no ritmo da música que tava tocando.
Bruna: Ai, detesto esses tipos de música, entendo nada, fala um monte de nome de arma que eu nunca nem vi, um monte de nome de gente morta.
Laís: Também não curto não, mas sou obrigada a escutar né.
Bruna: pior que é mona. - Encostou na grade.
Demorou pouco as músicas enaltecendo a facção parou, voltou os funk proibidão que eu gosto, joguei igual.
Diego: Iai Laís, suave? - passou o braço no pescoço da mona dele.
Laís: Iai. - sorri amarelo. O que esse caralho tem de sujo tem se gostoso. Uó.
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De: Toma. - me estendeu um copo.
Laís: Isso é o que Denilson? - arquiei a sobrancelha.
De: Corote com balinha pô. - peguei. Mexi o copo e bebi um pouco e devolvi pro De.
Laís: Cadê o Marquinhos? - Estranhei por não ver ele desde a hora que eu cheguei.
De: Vi hoje não, tá ligada?! - assenti. - Vou ali com uma mina, levar no barraco, tu guia sozinha?
Laís: Pode ir pô, sei me cuidar. - Ele negou com a cabeça e saiu.
Peguei um energético no freezer, bebi um pouco e senti logo meu coração acelerar. Joguei o energético fora e peguei uma água, tentar corta um pouco a balinha.
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Ia andando de boa pra casa quando um Fiat Toro para do meu lado, iala, o idiota quer andar num carro desse na favela. Euem. Mas pobre já gosta de se exibir.
Diego: Entra aí. - Abriu a porta.
Se o Diego é sujo imundo, eu sou mais ainda. Da em nada mesmo.
Laís: Posso demorar não. - Ele negou com a cabeça e riu.
Diego: Não tava atendendo minhas ligações por que? - deu partida no carro.
Laís: Porque eu não quis bofe. Euem.
Diego: Desculpa por ter falo aquele bagulho lá pô, foi sem querer, tá ligada?
Laís: Sei. - Diego começou com as putaria dele de passar a mão na parte interna da minha coxa. - Tira a mão. - tirei a mão dele de onde tava.