Capítulo 29: É o melhor

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  - Não tenho culpa que você sempre gastou toda a sua energia durante o dia, admita Vanessa você sempre foi mais ativa de dia do que de noite.

  - É mesmo? - questiona ela num tom meio malicioso antes de se inclinar em minha direção ficando muito perto do meu rosto - tem certeza que quer duvidar?

  Naquele momento foi muito difícil me lembrar que aquilo não passava de uma piada, mas respiro fundo ciente que tudo mudaria dependendo do meu próximo movimento, por isso tomo a decisão mais segura no momento, riu: - Não mesmo, bêbados tem tendência a tomar decisões estúpidas - digo com um sorriso de lado notando o olhar indignado que a outra me lançava o que me causa um sorriso ainda maior.

  - Eu não estou bêbada, não mais - disse Vanessa parecendo ofendida deitando a cabeça sobre os seus braços cruzados sobre o meu estômago.

  - Um banho gelado não muda o teor de álcool no seu sangue, só te deixa mais sóbria do que estava antes - digo vendo um bico se forma em seus lábios de um jeito infantil.

  - Tem certeza que está apaixonada por mim? - questiona ela.

  - Eu está apaixonada não me impede de implicar com você - digo - na verdade mim incentiva a fazer isso mais vezes.

  - Agora eu lembrei de uma coisa!!! - disse Vanessa ficando um pouco vermelha.

  - Você tá corando muito hoje - digo tocando em sua bochecha - tô começando a ficar com medo, isso é sem dúvida um presságio do apocalipse.

  - Palhaça - disse ela tanto um leve tapa no meu braço - eu estava querendo dizer que teve uma noite que eu acordei sentindo algo duro atrás de mim, mas voltei a dormir não dando muita importância.

  Agora quem estava corada era eu, cara eu esqueci que a Vanessa sempre vencia nesse tipo de brincadeira: - Adianta eu pedi desculpa? - pergunto envergonhada.

  - Não - responde ela num tom de brincadeira enquanto sorria.

  - Sabe que isso é involuntário, né? - questiono constrangida demais para olhá-la nos olhos.

  - Sei - confirma Vanessa - mas eu ainda quero saber de uma coisinha.

  - Se for muito pessoal eu não sou obrigada a responder - digo ainda desviando o olhar.

  - É um pouquinho sim - disse ela virando o meu rosto para a sua direção - por que eu?

  - Não sei, apenas aconteceu - respondo com um sorriso meio triste - não consegui evitar e olha que eu tentei.

  - Foi antes ou depois que comecei a namorar o Ricardo? - pergunta Vanessa.

  - Antes - digo a vendo se ajeitar ficando de frente para mim.

  - Caramba e eu pedi a sua ajuda - disse ela - e você ajudou.

  - Claro, eu está apaixonada por você não me dá o direito de interferir na sua vida amorosa - digo começando a fazer um cafuné em sua cabeça enquanto ela me abraçava - afinal eu não sou a sua dona, sou sua amiga, então deixei os meus sentimentos a parte e me concentrei nisso.

  - E eu ainda lhe contei sobre a minha primeira vez - disse Vanessa escondendo o seu rosto no meu ombro - desculpa por isso.

  - É esse dia foi realmente ruim - digo suspirando ao lembrar - eu até fiquei bêbada.

  - Agora eu entendo onde a Ella entrou na historia - disse ela - só não sei a onde a Lili e o meu irmão entram.

  - Eu já disse, ele são enxeridos,mexeram nas minhas coisas pegaram no meu diário e leram - digo e não são cegos.

  - Você disse que não tinha um diário - observa Vanessa voltando a encara-me.

  - Eu disse que não tenho, não que não tinha - corrijo continuando o meu carinho em sua cabeça a vendo soltar um suspiro - eles acharam o da minha adolescência.

  - E foi aí que a implicância do meu irmão começou - disse ela com a voz sonolenta.

  - Mas ou menos - digo sentindo sua respiração perto do meu pescoço - ele ficou irritado porque eu não quis lhe contar sobre a faculdade.

  - Tô gostando ainda mais do meu irmão agora - disse Vanessa com os olhos fechados claramente tentando vencer o sono - ah, ele sabe sobre...?

  - A minha condição? - sugiro também começando a sentir as minhas pálpebras pesarem - sim, a tempo suficiente para mim ajudar em algumas situações.

  Eu fico mais um pouco acordada esperando a sua próxima pergunta até que noto que ela pegará no sono, fazendo um sorrindo aparecer em meu rosto sussurrando antes de também cair no sono: - Parece que eu venci.

No dia seguinte eu fui a primeira a acordar ainda sentindo a respiração de Vanessa perto do meu pescoço me causando um arrepio, acho que essa é uma das coisas que mais vou sentir falta quando for embora seria tão fácil continuar assim, era só ignorar o aperto em meu peito, mas isso é uma coisa que tenho que fazer para nós duas: - Já acordou? - pergunta ela abrindo os olhos enquanto se levantava um pouco.

- Sim - confirmo me sentando na cama - e melhor eu começa a me arrumar.

- Tem razão - disse Vanessa num tom triste.

Continua...

Amigas, amigas, sentimentos a parteOnde histórias criam vida. Descubra agora