Capítulo 17: Santo Loki

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- O nome começa com - responde Kenny sorrindo.

  Morri, morri, vou ali cavar um buraco para me enterrar: - Valeu maninho - agradece Vanessa - isso encurta um pouco a lista que estou fazendo.

  Eu mereço, depois que terminamos de comer espero a Vanessa para conseguir falar com o Kenny, mas acaba demorando um pouco, quando enfim acontece ele tenta fugir: - Você pensa que vai a onde? - pergunto de braços cruzados batendo o meu dedo no braço.

- Me ferrei - disse Kenny virando em minha direção.

- Sorte a sua que a Vanessa é um pouco lerda - digo - porque se não fosse por isso você estaria morto.

- Entendi - disse ele - mas então quer uma ajuda amanhã?

- Se você tiver cuecas para emprestar seria ótimo - digo coçando a cabeça constrangida - já que a roupa eu já tenho.

- Eu tenho um pacote que comprei ontem - responde Kenny.

- Valeu, então... Meio que eu tenho que... - começo olhando para as escadas sentindo o meu rosto queimar.

- Vai fundo eu sei que você não vai fazer nada que a minha irmã não queira - disse ele, antes que eu começasse a subir-la.

  Quando me encontrava na frente da porta respiro fundo para ganhar coragem bato na porta e pergunto: - Posso entrar?

- Claro - responde Vanessa.

  Com isso acabo entrando no quarto me arrependendo rapidamente ao ver que ela estava somente de sutiã e calcinha, me fazendo virá de costas fechando os olhos, enquanto tentava normalizar a minha respiração e tirá aquela imagem da cabeça, mas estava falhando miseravelmente, pois cada vez que conseguia afasta-la a imagem voltava, santo Loke das causas desesperadas, me ajuda nessa, com alguém consegue um corpo desses? Sem contar a maldita tatuagem na lateral do corpo que começava perto do seio e descia até o quadril, não, não, sai imagem: - Sara você tá bem? - pergunta Vanessa num tom preocupado me trazendo de volta a realidade.

- Sim - confirmo num fio de voz, enquanto apertava os punhos - só fui pega de surpresa.

- Você  fica fofa toda vermelhinha e de olhos fechados - disse ela num tom risonho.

- Isso não tem graça - digo quase num choramingo.

- Ah, tem sim - disse Vanessa rindo me fazendo abrir os olhos lentamente - não é todo dia que te vejo assim.

  Quando abro completamente os meus olhos para o meu alívio ou não, ela estava vestida com uma camisa larga que descia até as coxas: - Você poderia ter avisado que não estava vestida - digo afrouxando o aperto dos meus punhos ao notar que os mesmo estavam brancos.

- Tecnicamente eu estava vestida - disse Vanessa com um sorriso.

- Quando foi que você se tornou tão sádica? - pergunto engolindo en seco.

- No momento que notei que isso seria uma boa brincadeira - responde ela sussurrando em meu ouvido antes de caminhar até a cama.

- É oficial tô com muita pena do Ricardo - digo me aproximando cautelosamente dela.

- Quem disse que eu faço isso com o meu namorado? - pergunta Vanessa se deitando na cama pegando o fofinho antes de guarda-lo em cima da comoda - eu sou uma santa com ele.

- Por que eu não acredito? - questiono me sentando na beira da cama tirando os tênis juntos das meias colocando do lado da comoda antes de tirá o relógio e os anéis.

- Não vai tirá o short? - pegunta minha amiga.

- Não, eu tô bem assim - respondo me deitando ao seu lado.

- Se você diz - disse Vanessa.

- Não vai dormi com o fofinho? - pergunto meio confusa.

- Não preciso dele hoje - disse ela dando de ombros antes de se acomodar um pouco mais perto de mim - não quando a original estar aqui.

- Tá dizendo que eu sou como um ursinho de pelúcia? - pergunto um pouco mais calma deixando ela me abraçar.

- Mais ou menos, você é mais fofinha que ele - responde Vanessa me arrancando uma leve risada.

- Vou levar isso como um elogio - digo colocando o meu queixo em cima de sua cabeça - mesmo que eu esteja um pouquinho a cima do peso.

- Sara? - chama ela.

- Sim? - pergunto.

- Se você começar a namorar você vai deixar de ser a minha amiga? - pergunta Vanessa.

- Nós deixamos de ser amigas quando você começou a namorar o Ricardo? - pergunto olhando em seus olhos enquanto fazia carinho na sua bochechas.

- Não - responde ela.

- Então está ai a sua resposta - digo dando um beijo em sua testa - não importa se você ou eu estivemos namorando, nunca vamos deixar de ser amigas.

Continua...      

Amigas, amigas, sentimentos a parteOnde histórias criam vida. Descubra agora