Capítulo 28: É mesmo?

3.8K 267 3
                                    

Sara: on

- Me pegou tudo bem pode vim, mas cuidado para não escorregar - digo indo até o corredor junto a ela.

  Nós duas tomámos todo cuidado possível para não escorregamos deixando pequenas poças de água pelo caminho até o seu quarto onde Vanessa começa a revirar o armário atrás de algumas roupas, entregando uma muda das minhas antes de pregar as próprias roupas: - Eu vou sair para você se trocar - digo um pouco nervosa pela situação.

  - Tudo bem - confirma ela mostrando um leve rubor nas bochechas - hã, Sara.

  - Sim? - pergunto parando com a porta aberta.

  - Você vai voltar depois? - pergunta Vanessa ainda mais envergonhada o que me deixou um pouco confusa.

  - Se não for um incomodo - digo incerta se realmente deveria fazer aquilo.

  - Por favor, eu não quero ficar sozinha hoje - disse ela.

  - Tudo bem, vou avisar o seu irmão - digo suspirando.

  Com isso saio do quarto me trocando no banheiro antes de descer as escadas encontrando os meus amigos sentados no sofá que se viram ao me verem: - Então, como foi? - pergunta Lili.

  - Melhor do que eu esperava - digo esperando que eles fizessem mais perguntas.

  - A onde está a minha irmã? - questiona Kenny parecendo preocupado.

  - Se trocando no quarto - respondo - e sei que pode parecer estranho, mas posso ficar aqui por essa noite?

  - Tudo bem - confirma ele suspirando - só se deixar a gente te levar até o aeroporto.

  - Ok.

  - Bem, acho que já deu a minha hora - disse Ella se levantando do sofá, por um segundo havia esquecido que estava ali de tão calada que ficará e isso já é estranho por si só - quer carona Lili?

  - Sim, por favor - confirma minha amiga indo para o seu lado.

  - Não vai falar nada? - questiono confusa.

  - Não tenho nada para falar, por agora Sara - disse Ella seguindo até a porta - e mesmo que tivesse não ajudaria em nada nessa situação, eu sei quando o meu conselho é necessário e quando não é.

  - E dês de quando você se preocupa com isso? - pergunta Kenny.

  - Dês de sempre, a questão era que sempre confundiam as minhas ações como uma mera intromissão - disse Ella sorrindo - eu nunca ajo sem ter um plano, apesar que faço sim muita coisa só por diversão, bem creio que já deu a minha hora e sem dúvida a Vanessa já esperou demais pela sua volta.

  Com isso a barman vai embora junto a Lili deixando eu e o Kenny a sós na sala numa situação quase corriqueira para nós: - Sara não vá dá esperanças atoa para minha irmã - disse ele.

  - Não pretendo fazer isso - digo.

  - E também não crie esperanças, não gostaria que nenhuma das duas saíssem machucadas nessa história - disse Kenny olhando em minha direção - eu me importo com você tanto quanto me importo com a minha irmã.

  - Sei disso, e agradeço por isso - digo começando a subir as escadas - e não precisa se preocupar já decidi desistir da Vanessa a muito tempo só não havia ganhado forças para isso, até agora.

  Sem dizer mais nada continuo o meu caminho até o quarto da minha amiga não sabendo ao certo o que faria ali era realmente a melhor escolha para ambas, mas quando abri a porta deixei esses pensamentos para trás ao vê Vanessa sentada na ponta da cama parecendo tão vulnerável e insegura quanto tinha 6 anos e me acordava perguntando se pudia dormir ao meu lado porque tinha medo de ter outro pesadelo, com isso me aproximo com cautela sentando-me ao seu lado:

  - Eu posso dormir no quarto de hóspedes se não estiver confortável com isso - digo, sabendo que isso valia tanto para mim quanto para ela.

  - Não, fica por favor - disse Vanessa segurando a minha mão - eu sei que isso pode ser um pouco estranho, mas eu preciso de você aqui.

  - Tudo bem, a gente pode fingir que eu não me declarei pelo motivo mais estúpido possível e agir como sempre? - sugiro meio sem graça.

  - Bem, a gente poderia conversar um pouco sobre isso - disse ela me surpreendendo.

  - Não sei se consigo - digo - é difícil falar sobre o que sente para a pessoa que causa os sentimentos.

  - Então fazemos assim - disse Vanessa antes de me puxar para baixo fazendo que eu me deitasse - lembra quando éramos crianças e conversávamos sobre coisas aleatórias até uma de nós pegar no sono?

  - Normalmente essa pessoa era você - respondo a vendo nos cobrir com o lençol.

  - Não dessa vez - disse minha amiga firme - e você sempre trapaceava.

  - Sabe que não era um jogo, né? - questiono com sorriso.

- Eu sei, mas sempre quis ficar acordada mais por tempo que você - disse Vanessa ficando na minha frente - mas quando você sussurrava perto do meu ouvindo enquanto me dava um cafuné eu sempre acaba dormindo e isso não é justo.

Ao ouvir aquilo solto uma gargalhada antes de falar: - Não tenho culpa que você sempre gastou toda a sua energia durante o dia, admita Vanessa você sempre foi mais ativa de dia do que de noite.

- É mesmo? - questiona ela num tom meio malicioso antes de...

Continua...

Amigas, amigas, sentimentos a parteOnde histórias criam vida. Descubra agora