Capítulo 33: Nunca disse...

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Vanessa: on

"- De alguém que descobriu algo tarde de mais."

Aquelas palavras estavam se repetindo na minha cabeça sem parar e o pior é que acho que a Ella tava certa, eu percebi tarde demais o que sentia e agora acho que não tenho chance de fazer outra coisa além de desistir principalmente depois da foto, é Vanessa você demorou muito para perceber o óbvio: - Que cara de enterro é essa? - pergunta Ricardo abrindo a porta do meu quarto - não andou enchendo a cara de novo, né?

- Se quer saber, eu bebi sim - respondo - mas só foi um copo e a Ella que me deu.

- Deixa eu adivinhar, sem muito álcool? - questiona ele se sentando na ponta da minha cama.

- Ninguém vai deixar eu encher a cara tão cedo, não é? - pergunto me sentando também com as minhas costas tocando a cabeceira da cama.

- Não mesmo, pelo menos enquanto lembrarem do seu showzinho - confirma o Ricardo - mas eu sei que não é só isso que está te incomodando.

- Eu preciso aprender a esconder os meus sentimentos - digo tentando desviar do assunto.

- Precisa mesmo, mas isso não responde a minha pergunta - disse ele.

- A última vez que que disse isso você acabou terminando comigo - lembro-o.

- Nos dois sabemos que eu estava certo em fazer aquilo - disse Ricardo me fazendo soltar um suspiro - vamos diga-me o que está lhe incomodando.

- Estou pensando em algo que a Ella me disse - respondo por fim - e não gosto muito de admiti que ela está certa.

- Ninguém gosta - disse ele - mas infelizmente na maioria das vezes ela está, mas responde aí o que está te incomodando?

- Uma foto que vi da Sara com uma garota - digo abraçando os meus joelhos.

- E você estar com ciúmes - disse Ricardo.

- Eu não estou, ok talvez eu esteja um pouco - admito - mas eu não gosto disso.

- Pretende fazer algo? - questiona ele sendo o mais paciente possível.

-Não sei, você acha que eu devo fazer algo? - pergunto me sentindo ainda mais confusa do que quando falara com a Ella.

- Vanessa essa decisão é sua - disse Ricardo.

- Nossa como estou me sentindo bem - resmungo - ajudou muito.

- Você sabe que estou certo.

Sara: on

- Vamos Sara não é tão ruim assim - disse Alya me empurrando para dentro da lanchonete.

- Por que mesmo eu aceitei isso? - questiono fazendo força para trás tentando evitar passar pela porta, mas não muita, não queria cair de costas em cima dela já bati minha corta de micos dês que a conheci.

- Porque eu e sua mãe concordamos que isso seria bom para você - argumenta Alya conseguindo me fazer entrar - tá precisando relaxar e você disse que não iria em boates então achei o lugar mais inofensivo que achei, e afinal por que você não vai em boates?

- Prometi a uma amiga não iria em uma - confesso parando de resistir por notar que era inútil.

- Você tinha problemas com bebidas? - questiona ela parecendo surpresa.

- Nunca tive problemas com bebidas a minha amiga é barmam e não quer que eu ajude a concorrência.

- A sua amiga é estranha - disse Alya.

- Me conta uma novidade - digo - e mesmo que não tivesse feito essa promessa, estamos num dia de semana caso não se lembre.

- Nossa você não sabe mesmo se divertir - disse ela.

- Eu sei me divertir - digo ofendida - só que eu tenho um relatório para escrever.

- Viu é por isso que sua mãe me ligou - disse Alya - ela não quer que tenha um colapso e eu também não.

- Agora eu sei porque os homem tentaram colocar as mulheres uma contra as outras - digo fazendo uma piada - vocês juntas são perigosas.

- Para a sua informação Sara usar argumentos sexistas não ter faz menos mulher - disse ela - nem o órgão genital que tem.

- Obrigada pela aula de sociologia - digo sendo irônica.

- Vamos Sara isso não é um funeral - disse Alya acenando para um grupo de seus amigos da universidade - talvez você encontre uma garota legal e supere o fora que levou.

- Eu não levei um fora - digo sendo arrastada para perto de uma loira que sorria na minha direção.

- Tá amor não correspondido - corrige-se minha amiga revirando os olhos um pouco aborrecida por minha contastes negações.

- Nunca disse que não foi correspondido - digo antes de parar bruscamente perto da garota.

- Não terminou bem com certeza - disse Alya antes de se afastar sussurrando - fala com ela.

- Oi - digo sorrindo envergonhada sem saber como começar a conversar.

- Oi, também veio forçada? - pergunta a loira sorrindo.

- Pode se ver assim - respondo correspondendo o sorriso antes de estender a mão - ah, me chamo Sara e você?

- Linda - disse apertando a minha mão.

- O nome combina - digo.

- É o melhor que tem?

- Não... - respondo sorrindo - talvez... faz um tempinho que não faço isso.

- Relacionamento longo? - sugere Linda.

- Gostaria que fosse - admito - mas é uma longa amizade.

- Bem quer um milk shake? - pergunta ela.

- Se você pagar - digo.

- A gente divide.

Continua...

Amigas, amigas, sentimentos a parteOnde histórias criam vida. Descubra agora