Capítulo 40: Só uma desculpa

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  Bem agora que admitir para mim mesma que estou apaixonada pela minha melhor amiga, que por acaso sentia o mesmo, mas talvez não sinta mais, cheguei na conclusão que todos os filmes de romance que assistir na vida não servem para nada, talvez como ilusão cinematográfica de como seria o amor, que convenhamos não é tão bonito assim na vida real, afinal eles não mostram as brigas ou todas as merdas que um dos lados faz e nem sempre acaba com um final feliz ou uma morte trágica. Claro eu posso está tendo essa imagem nenhum pouco romântica sobre o amor por ainda está de TPM e sempre que a dor passa eu fico um pouco para baixo, mas não tira as verdades das minhas palavras, talvez um pouco exageradas, mas verdadeiras ou tão verdadeiras quanto alguém no meu estado pode acreditar, alguém me tira dessa bad, socorro!!!

— Chegou na face da bad?

— Sara! — digo me levantando rapidamente da cana sem acreditar no que ouvia — o que faz aqui?

— A preocupação venceu o bom senso — responde minha amiga se aproximando da cama com um sorriso tímido.

— E a faculdade? — questiono a vendo se sentar ao meu lado.

— Contanto que eu volte até o fim da semana não terei muito prejuízo — disse Sara tocando em minha testa enquanto franzia a dela — parece que não está com febre, mas ainda está um pouco pálida.

— Eu tomei o remédio se quer saber — digo engolindo o nervosismo qua aquele toque me causou.

— Depois que eu disse ou depois que seu irmão pediu? — pergunta ela sorrindo antes de apoiar a mão em sua coxa.

— Quando a Lili entrou no quarto — respondo tentando pensar em algo para dizer não querendo que ficasse um silêncio constrangedor entre nós.

— Comeu outra coisa além das porcarias que eu vi? — pergunta Sara.

Nego com a cabeça a vendo suspirar.

— Com licença fofinho — disse ela tirando o meu ursinho do meu lado o colocando no seu local antes de segurar as minhas mãos me puxando para fora da cama — vamos você precisa comer algo de verdade.

— Mas eu estou sem fome — resmungo me deixando ser levada para fora do quarto.

— Mesmo assim tem que comer, nem que seja algo leve — argumenta minha amiga descendo as escadas junto a mim.

— Vejo que conseguiu tirar ela da toca — disse meu irmão.

— E você tinha alguma dúvida? — pergunta Sara me levando até a cozinha.

— Esqueci que nesses dias vocês investem os papéis — disse Kenny.

— Não, ela só fica mais manhosa que o normal — disse ela abrindo a geladeira tirando de lá uma maçã e algumas frutas — quer me ajudar?

— Posso por leite condensado? — pergunto pegando dois potes e colheres os colocando no balcão.

— Que tal um pouco de açúcar? — surge Sara descascando as frutas.

— Tudo bem — digo fazendo bico a vendo se aproximar deixando os nossos rostos a centímetros de distância um do outro.

— Sem birra é uma opção mais saudável e ainda é doce — disse ela — agora me ajude a cortar-las.

— Passa a faca — peço não querendo prolongar aquela situação.

— Com prazer — disse Sara sorrindo voltando para onde estava antes.

Sara: on

Eu devo estar louca por está fazendo isso, sabe-se lá quantas matérias estou perdendo agora, ainda bem que pedi para a Alya me mandar uma mandar uma mensagem caso aja algum trabalho para fazer.

— Sara tem lugar para ficar enquanto está na cidade? — pergunta Kenny quando estávamos na sala assistindo um filme.

— Pensei em ficar com a Lili — respondo comendo a salada de frutas.

— Você pode ficar aqui — sugere ele.

Tá louco? Eu não estou a fim de testar o meu alto controle ou a tolerância da Vanessa.

— Eu acho uma boa ideia — disse ela me deixando surpresa.

— Vocês tem certeza? — pergunto dando a chance dos dois pensarem melhor.

— Sara não será a primeira vez que dorme aqui — disse Kenny — e se continuar sendo amiga da minha irmã duvido muito que será a última.

— Tudo bem, vou levar a minha bolsa para o quarto — digo me levantando do sofá colocando a mochila bem meu ombro direito antes de passar na cozinha deixando o bote na pia indo em direção as escadas em seguida.

— Espera eu vou com você — disse Vanessa correndo para a cozinha deixando o seu bote ao lado do meu antes de ir até onde eu estava.

— Não precisa só tem essa mochila — digo começando a subir-las.

— Na verdade isso é só uma desculpa — disse ela meio envergonhada — eu quero mesmo é matar um pouco da saudade.

Continua...

Amigas, amigas, sentimentos a parteOnde histórias criam vida. Descubra agora