3...
Depois de uma conversa com o meu irmão e a Any, os dois saíram e me disseram que passariam uma semana fora. Bom, essa uma semana já havia passado (e um pouco mais também), e eu fiz uma lasanha para esperar por eles. Fazia uma semana que eu não tinha notícias do Noah, o que me deixava preocupada, mas por outro lado foi bom. Se algo ruim tivesse acontecido, eu saberia. Minha alma estava bem, como eu não sentia havia muito tempo. Eu estava... feliz? É, quase isso.
— Oi!- atendi a chamada de Josh— estão perto?
— Sim coelhinha, estamos chegando- Any gritou meu nome e eu ri— é, estamos com saudade.
— Eu também estou- sorri— por que está me ligando enquanto dirige?
— Porque sou bom em matemática e fiz os cálculos, acabei de parar na frente do portão da garagem e preciso que você desça para abrir, estou sem o meu controle.
— Uau, impressionante. Estou indo, bobão.
Desliguei o celular e peguei o controle do portão na minha bolsa, tirei a lasanha do forno e saí do apartamento em direção à garagem. Comecei a dar pulinhos quando o carro do meu irmão desceu pela rampa, o meu pulo maior foi na minha cunhada, que me segurou enquanto eu a abraçava. Senti falta dela quando eu estava viajando, nem consegui aproveitá-la depois que voltei. E pensar que eu quase a mandei embora quando Josh a conheceu...
— Como foi?!- Any me colocou no chão— Josh se comportou?
— Quando eu precisei sim, mas quando não, também- eu ri com a piadinha indecente.
— Obrigado por perguntar como seu irmão que te ama está, fico feliz com a consideração- Josh resmungou tirando a mala da namorada do fundo do carro— e aí, coelhinha? Como estamos?
— Bem- pulei no colo dele também, eu estava carente— você tá feliz?- sussurrei a pergunta para que só ele escutasse.
— Você está feliz?- Josh me devolveu a pergunta.
— Estou- me afastei para olhar para ele.
— Então nós estamos felizes- recebi um beijo carinhoso na bochecha.
Ajudei o casal a carregar as malas até o nosso andar, mandei que eles sentassem à mesa para que eu os servisse com o prato italiano que eu havia feito. Nosso almoço foi incrível, ri muito com aqueles dois, como sempre. Às vezes, eles se distraiam com assuntos íntimos e eu acabava sobrando. Era lindo de ver, mas me fazia pensar em uma coisa que eu estava tentando mascarar. Noah. Eu estava indo bem na tentativa de não sentir dor ao pensar nele, mas sabia que aquilo não duraria muito tempo.
— Bom, se as madames me permitem, preciso tirar uma soneca- Josh disse e se levantou— me acompanha?- ele estendeu a mão para Any.
— Podemos colocar o papo em dia depois?- ela olhou para mim.
— Claro que sim- sorri e comecei a recolher os pratos— sei que você não recusa uma soneca.
— Não mesmo- ela riu.
A mulher deu um beijo no namorado e saiu em direção ao quarto, Josh foi logo atrás. Antes de desaparecer no corredor, ele parou e ficou olhando para mim. Eu costumava reconhecer seus olhares, como quando ele me dava bronca por quebrar alguma coisa em casa. Ele não precisava falar, eu sabia o que o cara estava pensando só pelo olhar. Mas, naquele momento, eu não sabia o que ele estava pensando. Fiquei ainda mais confusa quando um sorriso tímido surgiu em seus lábios e seus olhos azuis foram consumidos por lágrimas.
— O que foi?
— Nada- ele balançou a cabeça— só estou orgulhoso de você. Muito- me emocionei, não consegui nem responder— te amo coelha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Só 296 km
FanfictionQual a distância que o amor aguenta? Até que ponto você pode esperar por alguém? Várias coisas separam amores verdadeiros, a mentira, traições, ilusões... Sina e Noah nunca precisaram pensar naquilo, pois tinham tudo o que queriam e precisavam: um a...