30- Você não vai ser a amante

1.6K 189 161
                                    


Noah Urrea.

Não que eu tenha dormido, mas acordei a tempo de fazer um pedido ao hotel. Antes de sair, pedi ao pessoal da recepção que levasse o café da manhã de Sina em seu quarto. Me apressei em sair depois que acordei, não estava tão cedo mas também não estava tão tarde. Fui até a biblioteca, li na entrada que eles fechariam mais cedo por ser domingo.

- Bom dia- me apoiei no balcão e cumprimentei a mulher que estava ali, ela aparentava ter um pouco menos da minha idade e era bonita.

- Bom dia- ela levantou o olhar para mim- uou, você é bonito, Sina tem sorte. Digo, oi, bom dia. Desculpa, às vezes eu penso alto demais.

- Sem problemas- ri fraco, então era ela a garota que iria nos ajudar- Sina te explicou o que nós vamos precisar? Não quero ser indelicado, é que eu tô sentindo que você vai poder nos ajudar pra caramba...

- Claro, Sina me disse que era importante, mas não tivemos tempo de conversar muito. Pode vir aqui, aproveita que minha chefe saiu- dei a volta no balcão e me abaixei ao seu lado- me chamo Savannah, vai ajudar muito na nossa comunicação se você me disser seu nome.

- Desculpa- ri da sua fala- sou o Noah.

- Vamos lá Noah, quem nós estamos procurando?

- Linsey Albuquerque- a garota digitou o nome da minha irmã no computador, depois de alguns segundos com a tela carregando, um pequeno mapa apareceu com o nome da Linsey em cima de um pedacinho da imagem- e...?

- Ela já deu entrada aqui diversas vezes, mas o registro dela não foi feito aqui não- bufei e abaixei a cabeça- meu Deus, ela usa o cartão em vários lugares da região!

- Linsey não tá ajudando- ri de nervoso, bem que o destino podia me dar uma forcinha- você conhece alguém com esse nome?

- Sou péssima com nome, só vou lembrar se eu olhar pra ela. Não tô ajudando muito, né?

- Não, claro que está- toquei seu braço- se eu deixar uma foto dela com você...

- Claro que sim, se ela aparecer aqui eu aviso a Sina. Espero poder ajudar Noah, de verdade- nos levantamos e eu dei um abraço breve nela.

Saí dali um pouco frustrado, eu sentia que encontrar minha irmã seria muito bom pra mim. Voltei para o hotel, e depois de ir no meu quarto, parei na frente do de Sina. Enquanto eu tentava tomar coragem para bater na porta, um funcionário de aproximou de mim.

- O senhor que fez o pedido para esse quarto, certo?

- Fui eu sim. Você pode abrir pra mim? Pode deixar que eu coloco lá dentro- ele confirmou e abriu a porta do quarto com o seu cartão, arrastei o carrinho cuidadosamente até o centro do quarto.

Agradeci o homem e fechei a porta, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Arrumei a comida em cima da mesinha no canto do quarto, pedi para que mandassem um pouco mais de café que o normal, Sina precisa daquilo para não ter dor de cabeça. Depois que terminei tudo, sentei em uma das cadeiras de couro e olhei para Sina, até dormindo aquela mulher conseguia ficar bonita.

Sina não quis me ver no dia anterior, eu sei quando isso é difícil pra ela, pois pra mim também é. Se for parar pra pensar, até tem um lado bom. Se ela não consegue ficar perto de mim sem me querer, é porquê ela ainda me ama. Nós vamos ficar juntos de novo, e esse dia nunca esteve tão próximo. Levantei da cadeira e caminhei até sua cama, ajoelhei ali do lado e cobri seus ombros com o edredom. Não consegui evitar passar a mão em seu cabelo, como eu costumava fazer quando estávamos juntos. Sina sempre acordava com a cabeça no meu peito, e eu não via a hora daquilo acontecer de novo.

Só 296 kmOnde histórias criam vida. Descubra agora