Adotada pela akatsuki

🦊8- primeira missão

Passou alguns dias que eu e Deidara havíamos sido oficialmente recrutados como membros da akatsuki, ao contrário da minha vontade, o Pain deixou o Deidara como dupla padrão do Sasori e não minha.

Fazia tempo que não tinha missão, tanto que o Itachi passava o dia todo comigo, sinto que a Konan, Tobi e Sasori se sentiram um pouco aliviados da pressão de cuidar de mim toda hora.

O Pain e a Konan começaram a ter “encontros”, achava que estavam tentando se resolver depois de uma discussão, eu entendi só depois que não era discussão, já que a Konan ficava mais feliz depois de sair com o Pain.

Deidara e Sasori viviam conversando sobre arte, isso sempre sobrava pra mim já que eu conhecia a arte dos dois, a eterna do Sasori e a bela e rápida do Deidara, obviamente eu desconversava porquê não quero virar marionete, nem ser explodida.

Algum dia o Pain convocou uma reunião na sala, depois de analisar atentamente o Kakuzu, conversando percebi que teríamos um corte nas finanças, as missões eram poucas e o Kakuzu andava estressado. Na reunião o Pain começou a falar.

- Reuni todos vocês aqui pra avisar que teremos cortes de gastos- pude ouvir cochichos atrás de mim, com certeza duas pessoas inconformadas com isso- e entregar as missões de vocês.

Pude escutar uma fala de alívio de cada membro, eu apenas fiquei calada, era como eu me sentia mais confortável. O Pain explicou o que ele iria cortar de custos, que foi a sauna e a hidromassagem, passamos só uma semana sem missões e os danos já são desse tamanho?

Eu recebo minha primeira missão, abro o pergaminho e lá tinha as instruções, eu iria fazer sozinha, acho que é por causa da facilidade na missão, era só buscar uma “encomenda” um pergaminho de segredos da vila do açúcar e entregar na vila do feijão.

Eu subo e me arrumo com algo leve pra ajudar na missão, coloco uma blusa verde e um short rosa, sem preocupar se “combina” como eu iria terminar a missão de noite eu iria sentir frio, então era só vestir o manto depois.

(Como ficou óbvio, eu editei (sou péssima nisso) essa imagem que não é minha, apesar de ser somente pra ilustrar a roupa, muitos se incomodaram pela Sn estar com "seios avantajados para a idade" então tirei os seios (detalhe que nem vi quando postei))

Eu desço as escadas, o Pain que estava assinando papéis na sala dele, mas tirando ele eu estava sozinha em casa, então aproveito pra sair sem o manto, se descobrissem que eu iniciei uma missão sem o manto eu iria ser punida por quebrar uma regra.

Chego na vila, tinha um portão grande com dois guardas, o muro era médio e branco pouco maior que um adulto, então arremesso uma das minhas kunais por cima do muro que cai dentro da vila, me transportei pra dentro da vila.

Finjo ser uma pessoa normal sem o manto, o segurando virado para o lado de dentro que era uma camada vermelha sem detalhes.

Vou até a biblioteca da vila, ali tinha uma seção proibida que consegui entrar facilmente, no meio daquele monte de papéis havia o pergaminho que eu estava procurando, tinha todas informações da vila, com o que da biblioteca escondendo o pergaminho no meu manto.

O sistema de segurança era terrível, consegui entrar e roubar o que tinham de mais precioso, depois sair como se nada tivesse acontecido para uma vila que tem ninjas essa é uma vergonha. Sigo meu caminho pela estrada até uma vila bem distante.

A entrega da encomenda iria acontecer a noite, mesmo que eu corresse para chegar antes do por do sol não chegaria a tempo, por isso o Pain tinha me dado até as 10 horas da manhã pra chegar em casa no dia seguinte.

Cheguei no portão da vila, como previsto, realmente era tarde e os ninjas que estavam de guarda me avistaram e perceberam que eu carregava o manto. Eu parei na frente dele mostrando o pergaminho, um deles tenta agarrar mas eu desvio.

-Como uma pirralha pode desviar de um ninja nível jounin?- um dos ninjas pergunta na intenção de provocar o colega, suspiro segurando a resposta.

- Antes de fazer a entrega primeiro vem o pagamento.- digo e o ninja que me atacou pega um saquinho e lá tinha o pagamento.

-Antes disso coloque uma roupa descente!

- Como? A roupa que eu estou não muda a nossa negociação!- digo indignada.

- sua roupa é inapropriada, podem entender errado nossa negociação- sinto a mão dele no meu ombro.

- não tem nada inapropriado, eu tenho dez anos e estou usando uma roupa normal de missões...-digo com a voz meio falha.

- aqui não...- ele iria me atacar, eu pensava em me proteger, mas o Pain não iria gostar de eu arrumando problema com os clientes.

- espera! – grito.

Os dois se afastam e eu coloco o manto fechando a abertura, não sei o porquê mas ao fazer isso eu queria chorar. Como se tivesse perdido alguma coisa, talvez tenha sido minha honra ferida. Enquanto eu segurava as lagrimas o ninja que tentou pegar o pergaminho sorrio.

- agora você tá parecendo menos uma vadia.- O outro me entrega o dinheiro eu confiro o pagamento e entrego o pergaminho.

Eu saio de lá correndo, vou pro meio da floresta começando a chorar, me sentia tão ferida, mas ele nem tinham tocado em mim direito.
Eu acampo lá e por causa ter terminado a negociação mais tarde que o previsto durmo profundamente enquanto choro como se estivesse ferida.

Acordo depois do horário que o Pain tinha recomendado, meu corpo todo doía, sinto as lágrimas secas em meu rosto, uma pontada na cabeça insuportável.

Saio correndo pra casa, mas não adiantou e cheguei as onze horas, todos estavam na sala de jantar sentados na mesa, o Pain me olha com um olhar de desapontamento e naquele momento eu sabia que iria receber um bronca daquelas.

- na minha sala Sn!-eu suspiro desanimada, quando Pain ia se levantar Konan seguro o pulso dele impedindo.

- vocês dois comam primeiro e depois resolvam isso.- tiro o manto e vou em direção a mesa.

Eu não estava com fome então fico só olhando pro meu prato pensando como eu ia explicar o que aconteceu.

- ué.... Sn você não tá comendo por que? – a voz de Tobi chega em meus ouvidos.

- estou sem fome.

- Tá bom. Como foi sua primeira missão?

- fácil, tirando quando...- tento segurar o choro pra responder meu pai.

- quando?- Konan disse tentando me fazer falar, mas acabo chorando.

- O que aconteceu Sn?- Itachi pergunta, eu não consigo responder.

- Chega! Pra minha sala Sn vamos logo!

Nós vamos até a sala dele e dessa vez fomos impedidos pela Konan, chegando lá nó nos sentamos e ficamos calados, Pain estava esperando eu começar mas com o que? Depois de pensar um pouco eu começo a falar.

- Desculpa meu atraso Pain.

- espero que tenha uma boa justificativa.- a Konan aparece na porta enquanto Pain dizia.

- os ninjas que encomendaram a missão não me deixavam terminar a missão pela “roupa inapropriada”.- nesse momento Pain olha na direção da Konan e os dois se encaram preocupados, eu começo a gaguejar.- Eu falei que só tinha dez anos, que não deviam falar assim comigo.- digo segurando o choro.

Konan tenta se aproximar mas o Pain olha pra ela com o olhar “fica parada por enquanto”, voltando o olhar pra mim como um pedindo pra eu continuar.

- eu não entendi nada, mas senti um tipo de tristeza quando eles fizeram isso.- Pain suspira com um pouco de raiva.- Pain?- ele olha pra mim.- será que eu posso sair dessa casa sem ser sexualizada?

Pain me olha com a cara assustada, como se eu tivesse dito algo que não ele não tinha noção que eu sabia, sinto a mão da Konan no meu ombro, ao contrário do toque do ninja esse contato com Konan me acalmou, retornando minha paz comigo mesma.

- esquece isso meu anjo, vem vamos brincar...- ela faz asas de papel pra mim e saímos da sala do Pain indo pro corredor.

No corredor eu vejo Itachi, Deidara e Sasori entrando no escritório do Pain e peço pra Konan ir pegar um copo d’água pra mim, quando ela foi eu encostei na porta do escritório e escutei a conversa.

- Como você pode dar uma missão solo pra SN? – Itachi indaga impaciente – É perigoso!

- isso não importa isso agora, vocês já sabem o que fazer, mostrem a verdadeira dor para esses ninjas que fizeram mal pra nossa pequena, para eles aprenderem que nunca devem mexer com as meninas da akatsuki, muito menos com a SN.