Descobertas

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Marco Reus

Saio da cama e vou até a cozinha pegar um copo d'água, após isso vou até o banheiro, limpar o rosto.

Estou só de cueca, deixando quase meu corpo todo exposto. Meu rosto está péssimo, com a cara de quem nem ao menos conseguiu dormir e meu semblante não está diferente.

Lavo meu rosto, olho para o lado. Vejo a camiseta que usei para trabalhar mais cedo, a pego com as duas mãos. Ainda tem algumas manchas de café, não consigo não pensar no Robert, dou um sorriso ao lembrar de sua gentiliza ao limpar minha camiseta, enquanto a olhava com seus intensos olhos azuis, junto com um leve sorriso. Como com tão pouco ele consegue mexer comigo, sinto meu corpo inteiro estremecer.

Dou um leve beijo na camiseta, como se estivesse beijando aquele rosto meigo do policial, e a coloco onde estava. Só quando olho no meu reflexo no espelho, percebo que estou excitado. Continuo tenso. Tiro minha cueca e começo a masturbar, para tentar relaxar um pouco.
Tento pensar em qualquer coisa que me ajude a relaxar, mas a única coisa que me vem a cabeça é Robert, não consigo pensar em nada além daqueles lindos olhos azuis, me sinto totalmente rendido ao desejo.

Não demoro muito para acabar chegando em meu clímax, em seguida limpo a mão na pia e visto de volto minha roupa, voltando para a cama. Me sinto estranho por fazer esse tipo de coisa pensando em alguém que mal conheço, por mais que ele seja muito bonito... É melhor fingir para mim mesmo que eu nunca fiz isso.

Acordo com o despertador e sinto que não dormi nada, meus olhos ainda pesam de tanto sono, mas preciso ir trabalhar. Tomo um banho na água fria para despertar melhor. Após isso me visto com o uniforme e tomo um café rápido. Vai ser um longo dia...

Chego a delegacia, entro na porta e instantes depois vejo Müller. Ele não é um amigo próximo, mas é um colega bem divertido apesar de as vezes ser irritante. Quem sabe um dia a gente pode se tornar amigos próximos?

— Mas que merda, hein! — Bufa de raiva e joga uma caneta fora na lixeira.

— Tudo bem, Thomas? — Pergunto olhando para seu rosto.

— Marco, então... Você pode me emprestar uma caneta? — Mostra sua mão e vejo que está toda borrada de tinta — A porcaria da minha estourou e borrou a minha mão de tinta. Ah e bom dia, hehe.

Rio dessa situação um tanto quanto, inusitada.

— Bom dia, posso sim! Só um instante.— Abro minha mochila pegando uma caneta.

— Já pego, só deixa eu limpar essa mão aqui.— Ele saí em direção ao banheiro.

Enquanto espero Müller limpar a mão, vou pegar um copo d'água num bebedouro próximo.

Sento numa poltrona branca ao lado do bebedouro, seguro para não cair no sono, está ficando difícil. Nesse meio tempo Robert, chega. Está no celular conversando com alguém:

— Tudo certo então, vou ter que desligar, cheguei na delegacia... Tá bom para você também.— Ele dá um leve sorriso na última frase e guarda o celular no bolso.

Pelo tom doce da última frase ele devia estar falando com um amigo.

Ele passa por mim sem me olhar, indo em direção a nossa sala.

— Bom dia, Marco.

— Bom dia, senhor Lewandowski.— Sorrio, enquanto ele entra na sala.

Termino de beber meu copo e o jogo no lixo. Müller saí do banheiro e vira a cabeça bruscamente olhando para o Robert.
— Uau! — Ele diz muito baixo olhando para o Lewandowski, mas consegui fazer uma leitura labial nele. Nada discreto. Entrego a caneta a ele.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora