Leweus - Fica Comigo

Ele nunca me amou...

Obs: Falas em itálico indicam fala em polonês. Obg por lerem a fanfic, sintam-se a vontade para falar o que quiserem da fic.  :) 

POV Marco

O polonês me abraça enquanto sou afogado pelas minhas próprias lágrimas, mal consigo enxergar as coisas ao meu redor devido aos meus olhos estarem encharcados pelas águas do choro. Meu coração bate tão rápido que parece que a qualquer momento irá escapar pela minha boca.

Passou tanto tempo do que aconteceu, mas ainda consigo lembrar exatamente de ver minha mãe morrendo na minha frente, e pior morta pelo meu próprio pai... E revivo isso nos meus sonhos, de novo.

Lembro-me de estar no velório dela, quando vi seu rosto pela última vez, ela foi uma mãe doce e gentil para mim... E sei que nunca mais a verei novamente. Lembro-me de tê-la visto em seus últimos momentos caindo-a, eu fiquei paralisado pelo medo, não consegui evitar a morte dela. E eu detesto ter que reviver essa memória, consegue acabar com o meu dia.

De repente eu estou agarrado ao seu peito com o choro caindo sem parar. Paralisado pelo medo que percorre meu corpo.

Robert fica calado sem falar nem uma única palavra, apenas me segura em seus braços trazendo conforto a mim, e isto por irônico que pareça ser, está sendo o melhor remédio para minha dor.

Com o passar dos minutos, minha visão fica cada vez menos embaçada à medida que o choro vai diminuindo cada vez mais e minha respiração voltando ao normal.

Me vi como o mesmo garoto de quando tinha quinze anos, órfão, sozinho e desolado... Mas dessa vez tenho alguém me confortando.

Me solto do abraço e olho para seus intensos olhos azuis.

Encosto minhas costas na cabeceira da cama, inspiro fundo e suspiro, colocando minha mão em meu rosto e arfo.

— Relaxa, isso já passou loiro, relaxa.

Volto meus olhos para os seus, sua expressão está bem mais amigável do que quando de madrugada.

— Como está se sentindo? — Pergunta.

— Péssimo, mas acho que um pouco melhor agora.— Olho para o seu peitoral, muito definido, aliás, que está molhado pelas lágrimas que derramei enquanto estava abraçado a ele.

— Desculpa por ter molhado seu peito, não consegui segurar as lágrimas.— Seco minhas lágrimas com meus braços.

— Eu entendo Marco, deve ter sido horrível ter que passar por isso.

Sou tomado por um semblante abalado quando remeto á aquela situação...

Sinto sua mão ir de encontro ao meu pescoço, sinto uma dor insuportável quando ele tenta fazer uma massagem, me fazendo gemer alto.

— Ainda dói? — Ele pergunta um pouco preocupado com meu estado.

Faço que sim com a cabeça, os remédios que tomei tiveram efeito, mas ainda não estou totalmente recuperado do dano que fez no meu pescoço.

Vejo que ele fica um pouco nervoso, passando a mão pelo cabelo.

— Eu... Eu não devia ter feito isso loiro. — Diz com um sentimento de arrependimento.

— Você quase me matou! Um pouco mais e eu estaria em um túmulo agora. — Falo irritado, por mais que tenha me confortado agora não me esqueci do que fez há alguns dias.

— Eu sei, eu sei... Não foi nada pessoal — Estica o braço e coloca a mão em meu ombro, me fitando nos olhos. — Me desculpe Marco. — Suas palavras parecem sair com tanta sinceridade, e seus olhos azuis me paralisam, eu já aceitei o acordo, então não tenho nada a perder.