Primeiro dia

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Pov Marco Reus

Quando escuto o alarme tocar, me levanto para tomar meu banho, não conversei muito com o polonês antes de realizar minha rotina, é como se estivesse em um dia normal, e como eu desejaria que esse fosse mais um dia corriqueiro.

Após isso volto para o quarto, e o polaco não está, deve estar tomando banho no outro banheiro ou fazendo alguma outra coisa...

Sento na cama e começo há ficar um pouco nervoso, puxo o lençol entre meus dedos, sinto medo e ansiedade.

Aos poucos tento inspirar e suspirar de novo e de novo, num ritmo lento e tranquilo... Solto minhas mãos do lençol e as estico no máximo que posso. Acho que estou melhor agora.

Sem mais delongas me visto com meu uniforme, olho meu reflexo no espelho, enquanto penteio meu cabelo.

Nada mal, meus cabelos loiros estão ajeitados, meu pescoço está quase sem marcas e minha pele limpinha e macia como se fosse de bebê.

Fico feliz por beleza ser algo que nunca faltou em mim, ainda bem.

Abro as gavetas à procura de algum perfume para usar, encontro vários, mas o que me chama atenção é um com a embalagem preta e com detalhes em azul, a cara de alguém que conheço.

Borrifo três vezes em mim é um cheiro familiar: Amadeirado natural, sofisticado e bem suave. Guardo o perfume, na gaveta.

Robert entra no quarto já vestido e com os cabelos ainda um pouco molhados pelo banho. Ele é muito bonito, muito.

— Pronto, loirinho? — Me chama pelo apelido, enquanto se aproxima de mim e vai até a gaveta e pega o mesmo perfume e borrifa em si mesmo.

— Estou.— Robert sai e eu o acompanho até o carro.

Fico no banco do passageiro enquanto observo os locais ao redor, mas minha mente está em outro lugar.

Robert para o carro quando o sinal e fecha, e o ouço inspirar.

— Você tá cheiroso loirinho, usou algum perfume?

— Sim, o mesmo que você usou.

Ouço o rir um pouco.

— É, agora nós estamos até com o mesmo cheiro.

Faço um sim com a cabeça e fico quieto até chegarmos em frente a delegacia.

— Não vai ser difícil, Marco, se acontecer alguma movimentação esquisita e que tenha a ver com nós, me mande uma mensagem. — Com as mãos retira do bolso o meu celular e me entrega.

— Mas tente ser o mais discreto possível. Ás dez me mande uma mensagem se estiver tudo bem ou não, meu contato já está salvo no seu celular, Robert Lewandowski.

— Você não vem? — Pergunto ao estranhar ele continuar com as mãos no volante e com o carro ainda ligado.

— Não, vou tenho alguns compromissos daqui a pouco, e também já não é mais necessário, tenho você para fazer esse trabalho.

Só assim me dou conta que a roupa que ele está vestindo não é a mesma que ele costumava vir para a delegacia. Está vestido com uma camisa formal branca com gravata e com uma calça preta, o tal compromisso deve ser alguma reunião com sócios...

— Então eu só tenho que mandar uma mensagem ás dez, ou se algo esquisito acontecer?

— Só isso, é bem fácil.

Me solto do cinto de segurança e abro a porta, mas antes que consiga sair, sou pego de surpresa ao sentir meu pulso sendo segurado por Robert.

Faço uma cara de confusão, não estou entendendo.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora