Party Everybody

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Marco Reus

A noite já havia caído por total, estava jogando um caça-palavras no carro tentando conter o entusiasmo e curiosidade de minha cabeça ocupados enquanto esperava pelo polonês.

Minutos depois, quando já estava quase terminando meu caça-palavras, a porta se abriu e o polonês se juntou a mim, vi um sorriso de canto surgir em seu rosto.

Ao notar quão bem estava vestido, abri um sorriso discreto; guardando em silêncio meus pensamentos.

Diferente de um terno usual, ele veste uma calça escura dando contraste a sua camiseta totalmente branca, coberta por uma jaqueta preta com algumas listras brancas ao redor do ombro.

Suas roupas davam contraste umas as outras, da mesma forma que sua pele branca feito neve contrasta com seus cabelos escuros, ajeitados em um pequeno topete, conferindo-o um charme extra.

O polaco percebeu meu repentino olhar de admiração, acenou com a cabeça, o uso de palavras não foi necessário.

— Sexta-feira à noite e festa, não há uma combinação que consiga bater de frente com essa, Marco. — Girou a chave na ignição, sua voz está carregada de confiança, começando a dirigir o carro e sairmos de casa em direção às ruas.

— Concordo, é uma combinação e tanto, mas não acho que seja imbatível... Tem melhores. — Soltei uma risada em meio ao carro.

— Nós dois somos além de uma combinação, Marco, se é isso que está insinuando. Mas é isso aí, meu parceiro, sem — Abre um sorriso brincalhão enquanto confere rapidamente o retrovisor do veículo.

— Estava me referindo a gel de cabelo e a mim, mas essa também serve.

— Ah, acordou engraçadinho hoje, não foi, Marco? 

— Acontece... — Murmuro baixo rindo, voltando meus olhos para o lado de fora da janela ao meu lado.

(...)

Para a nossa infelicidade, o trânsito nos atrapalhou por longos minutos, as tensões ficaram evidentes quando um carro bruscamente tentou nos fechar em meio a avenida.

Os reflexos de Robert agiram com agilidade, freando fundo para evitar algo que poderia resultar em um acidente, e eu só não bati a cabeça no painel por conta do cinto de segurança.

— Dá a seta, imbecil! Kurwa... — Robert suspirou frustrado, xingando o motorista irresponsável.

— Basta ficar de noite, que esse trânsito se transforma, fica uma merda!

— Tenho que concordar, nunca fui atropelado, mas foi por pouco simplesmente por conta de motoristas que simplesmente ignoram a faixa de pedestre. Parece que estão mais preocupados em chegar rápido ao próximo bar do que em seguir as regras de trânsito ou pensam que as luzes de trânsito são de enfeite.

Percebi que o polonês, ao volante, estava segurando o riso, o que me fez questionar a sua reação.

— O que foi, Lewy? — Indaguei, curioso.

— Nada, é só engraçado ouvir isso vindo de você. Marco e volante são uma dupla perigosa... Duzentos, trezentos quilômetros por hora.

— Ah, Robert, você está exagerando, sabe disso. Não nego que dirijo rápido, mas não sou de sair por aí desrespeitando as regras de trânsito.

— Nem a minha vida. — Retrucou, provocando.

— Aquilo não foi nada... — Relembro da vez em que estávamos juntos no carro, e eu pisei fundo no acelerador.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora