Leweus - Fica Comigo

Politicas, Yay!

POV Marco

Repentinamente, desperto no meio da noite.

Abro meus olhos, mas não sou capaz de enxergar quase nada por conta da praticamente total ausência de luz... Não vejo nada, além da predominante e fria escuridão.

Ainda estou perdido e confuso. O que aconteceu?

Percebo estou coberto por um edredom e finalmente, me dou conta que na verdade estou em meu quarto, em casa...

Mas, o que!? Droga, foi tudo um sonho.

A sensação foi de vivenciar um sonho dentro de outro sonho.

Me sinto tenso e com os pelos do corpo arrepiados.

Inspiro fundo o ar pelo nariz e o solto pela boca numa tentativa de acalmar meus batimentos cardíacos e fico repetindo o processo por incontáveis vezes durante alguns minutos.

Apesar do ambiente frio devido ao ar-condicionado, percebo um contato quente em minha pele.

Percebo o braço do polonês estar envolto atrás de meu pescoço enquanto sua mão e antebraço descansam confortavelmente sobre meu peito.

Inclino minha cabeça apoiada no travesseiro e apesar da considerável ausência de luz, consigo ver o rosto de Robert desacordado descansar tranquilamente em outro travesseiro próximo de mim.

Volto meus olhos para o vão das janelas e o encaro, ainda está escuro lá fora, pelo visto acordei de novo no meio da madrugada e não faço ideia que horas são...

Tento me focar para voltar a dormir ao ficar longos minutos de olhos fechados e com a mente sossegada, mas ao perceber que o sono não vem decido sair da cama.

Não quero correr o risco de despertar o polonês ao meu lado, lentamente me solto de seu contato.

Me ponho sentado na cama e em seguida a desço.

Começo a dar alguns passos em meio ao escuro e sem querer bato firme minha testa em alguma coisa dura e até afiada.

— Ah, Merda... — Resmungo baixo e passo a mão na região ferida, devo ter batido na quina do guarda-roupa. Acho que me cortei.

Escuto Robert murmurar baixo, me fazendo em seguida sentir um frio na espinha... Tomara não tenha acordado.

Caminho com cuidado até a porta, giro a maçaneta e saio em silêncio do quarto.

Percorro o corredor em rumo ao banheiro e logo o adentro, sinto uma ardência nos olhos ao ligar as luzes do banheiro.

Encho a banheira com água fria e retiro minha cueca antes de adentra-la, ficando totalmente nu.

Arfo e respiro fundo ao sentir a água gélida bater em minha pele.

Tomara que os benefícios do "banho gelado" não sejam tudo balela.

Começo a me banhar, me esfregando com uma esponja e com um sabonete líquido...

O que foi aquilo? Que sonho mais maluco, só de lembrar aquela luz branca meus olhos já querem lacrimejar...

Escuto a porta do banheiro ser aberta bruscamente, me arrancando de meus pensamentos e quase saltar da banheira.

Bato a lateral da minha cabeça na estrutura da banheira.

— Porra. — Resmungo para mim logo após bater a cabeça na banheira.

— Marco?

— Poxa, bate nem que seja uma vez na porta antes de entrar! — Arfo de dor e passo os dedos na região...