Flowers Of Evil

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Robert Lewandowski

A chuva se esvai por completo e por fim, vejo o céu se reabrir acima de meus olhos gradativamente...

Ao lado de Reus, descemos pelas ruas e atravessamos um atalho cortando a quarta avenida. Fico em vigilância, atento a cada sinal de movimentação ao redor.

Há quase ninguém andando pelas calçadas devido ao recente temporal.

Nossos passos estão perfeitamente sincronizados um com o outro, similar ao ecoar de uma marcha militar.

(...)

Apesar de ter optado pelo "plano" de Marco, chegamos atrasados ao local da reunião, mesmo que só alguns minutos.

O loiro ao meu lado, recolhe seu guarda-chuva ao já não haver mais qualquer sinal de chuva e suspira brevemente.

Retiro meus óculos de sol da gola da camiseta e os coloco de volta sobre o rosto.

Nos estamos a poucos passos de adentrarmos o edifício quando somos recebidos por alguns homens que surgem dos arredores.

— Está atrasado, senhor Lewandowski.

— Eu sei, tive um atraso com o trânsito e tive que vir andando. — Apesar de seus semblantes um pouco amargos, respondem com um gesto positivo da cabeça.

— Está certo. Quem é esse atrás do senhor? — Marco retraí os lábios em receio.

— Eu... — Interrompo o loiro atrás de mim, fazendo-o dar um passo para trás.

— Meu assistente pessoal.

— Polonês também? Não parece muito como um. — O sócio lança um olhar torto e desconfiado para Marco, mas respondo-o de volta com um cenho fechado.

— Não, ele é daqui, mas tem trabalhado para mim há alguns meses. Algum problema com isso? — Volta seu olhar para mim e acena positivo.

— Nenhum, Lewandowski.

— Bom saber... Mais alguma pergunta?

— Não. — Fico aliviado ao ouvir isso, já estava incomodado de ser questionado...

— Então... Temos assuntos a resolver, melhor começarmos logo o que temos que fazer.

Sem mais "cerimônias", adentramos o edifício e subimos as escadas.

Noto como sou um homem bem mais jovem quando comparado com os outros senhores vestidos de ternos, poderia dizer que tenho idade para ser filho de algum um deles.

Aprendi a lidar com negócios bem cedo por conta da convivência com meu pai.

— Me espere aqui enquanto estou resolvendo alguns assuntos de trabalho, ok? — Sussurro para Marco e dou um leve tapinha em seu ombro.

O loiro me responde fazendo um gesto positivo com a cabeça e apesar de um pouco apreensivo, obedece e se acomoda em um banco de madeira rente a parede.

Me reúno com os sócios dentro da sala de reuniões, rodeado por uma grande mesa enquanto começamos a organizar nossos assuntos de trabalho.

(...)

Tenho uma discussão com os sócios e como de costume decidimos fazer alguns "ajustes" nas negociações.

Algo no lugar cheira à ganância... Já investi milhões aqui nesse país. Milhões já não são um problema para mim.

Rapidamente minha organização conseguiu suprimir os demais tráficos locais.

A tarde passa, alguns papeis são assinados na mesa. Dou um gole em minha garrafa d'água.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora