Day and Night

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Marco Reus

O Sol já havia se posto sobre a cidade, e o céu começava a adquirir nuances avermelhadas conforme a tarde se estendia.

Suspiro fundo após fechar a porta da casa, abandonando o cansaço de um longo de trabalho. Meu superior, Bastian, pesou a mão comigo... Faz parte, pelo menos recebi uma carona de viatura até em casa.

Isso me demanda muita disciplina, além da responsabilidade, mas estou contente com o que eu faço. Só tenho vinte e quatro anos ainda.

Esfrego os dedos no rosto, talvez eu devesse ir preparar um café...

Segui com passos cansados até o banheiro, onde finalmente ansiei por um momento de alívio sob o chuveiro.

Deixei todas as minhas preocupações e desconfortos escorrerem pelo ralo, enquanto sentia a água fria causar certo arrepio em meus músculos ainda tensos...

Os longos minutos sob o chuveiro me serviram como um relaxamento que estava precisando... Deixei a cabeça esfriar durante o banho.

Após terminar, observei meu corpo totalmente despido em frente ao espelho, meus cabelos úmidos gotejam água no tapete.

Ao longo dos últimos meses, ganhei uma considerável massa muscular, sinto que estou no auge de meu físico.

Seco meus cabelos, bagunçando-os e termino enrolando a toalha em minha cintura. Fiquei imerso em meus pensamentos. Escutei o som de uma porta se abrir.

Quase imediatamente saio do banheiro, surpreso, me deparo com o polonês caminhando pelo corredor, andando já descalço após retirar seus sapatos.

— Hey, Marco. — Reajo com um largo sorriso ao vê-lo. Ele põe sua mão sobre meu rosto, aproxima e então, junta seus lábios aos meus, me recebendo com um curto, mas caloroso beijo.

De repente, sinto um calor mágico transbordar em meu peito.

— Chegou por agora? — Seus olhos lentamente descem através de meu corpo, ele abre um doce sorriso de canto.

— Sim, sim... Tive um dia de trabalho bem corrido hoje, Lewy. Mas, como você sabe?

— Não é difícil de ver que seus olhos já te evidenciam quando está cansado; além de que você tem o costume de tomar um banho gelado após chegar do trabalho; estou correto?

— Ah sim, é verdade... Às vezes esqueço o quão bem você já me conhece.

Sorrio sem jeito, momentaneamente constrangido pela minha aparência despojada, sem roupas, coberto apenas por uma toalha na cintura. Não que seja uma novidade dele me ver nesse estado, mas não o esperava ver por agora.

— Sempre.

Giro rapidamente a toalha, ajeitando-a bem, antes de voltar a encarar o polonês.

— Venha. — Chamo-o para me seguir enquanto caminho até a cozinha.

Peguei uma caneca do armário, começo a preparar um café na cafeteira.

O inconfundível agradável aroma de café recém-moído começou a se espalhar pelo ambiente.

Me sentei em uma das cadeiras em frente ao balcão, enquanto o polonês, sentou-se em uma ao meu lado.

— Para ser honesto, não esperava ver você a essa hora, mas estou feliz em te ver. Mas, pensei que havia me contado que não estaria livre a noite.

Interrompo o breve silêncio que havia entre nós, notei que seus olhos me observavam com atenção e certa compaixão.

— Sim, é disso que eu queria te falar, eu e alguns sócios e parceiros de trabalho organizamos uma festa nessa noite.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora