Terra Natal

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Marco Reus

Estou com meus braços abraçados a Robert e com minha cabeça apoiada em seu ombro, a troca de calor entre os corpos é muita acalentadora, o que faz o sangue em meu coração se aquecer e ficar mais leve tanto uma folha de papel.

Até mesmo a sensação atmosférica parece estar diferente de antes...

Perto de meus ouvidos, escuto a respiração já normalizada do polonês.

Ele retira a mão boba e a coloca envolta de meu pescoço após terminarmos o abraço afetuoso.

Retribuo-o ao colocar minha mão em seu rosto e o acariciar levemente com o polegar enquanto sorrio bobo ao olhar fixamente para ele, mais especificamente para seus olhos azuis.

Penso que eu não seja capaz de enjoar de observar a beleza do azul desses olhos, eles sempre estão tão sinceros e certos...

É algo tão único e especial que eu sinto dentro de mim, nunca tinha sentido isso na vida antes de conhecê-lo.

Será que é amor, paixão? Não sei...

Noto que Robert desce um pouco seu olhar até meus lábios e o fixa neles enquanto vejo um sorriso sutil surgir em seu rosto.

Em silêncio, unimos os lábios um do outro, um beijo honesto e despretensioso.

Enquanto beijo-o, sinto os batimentos cardíacos saltarem dentro de mim e com os dedos, começo a acariciar os cabelos escuros do outro. Eu gosto tanto de você, Robert... Espero que você se sinta assim também.

O contato dos lábios do polaco é tão macio e suave, assim como são acompanhados por um gosto tão vívido e delicioso de sua boca.

Afastamos um pouco um do outro, para dar espaço, após terminarmos o breve, ainda deleitoso beijo. Suspiro fundo, tentando recuperar um pouco de ar em meus pulmões após o beijo.

— Você ainda tem um pouco de água em sua garrafa, Lewy? Acho que bebi tudo o que tinha na minha. Estou com sede.

O polonês acena positivo ao meu pedido e pega a sua garrafa de água térmica que estava encostada no tronco da árvore.

— Aqui. — Ele me entrega a garrafa.

— Obrigado. — Bebo bastante do líquido contido ainda gelado até Robert arrancar o objeto de minhas mãos.

— Deixa um pouco para mim também, não é Marco? — Coro um pouco ao levar uma bronca do polonês e escondo uma das mãos no bolso da bermuda.

— Hehe... Desculpe, estava com muita sede. — Abro um sorriso amarelo e tímido.

— Um pouco de sede não vai te matar. — O outro revira os olhos e eu só sou capaz de respondê-lo com uma risada e em seguida um rápido agrado em seu ombro.

Me sinto cansado, me sento na grama e retiro a camiseta, ficando com o peitoral exposto antes de começar a observar o polaco em pé beber todo o restante que deixei, ou que fui obrigado a deixar para ele tomar.

Lewy se senta ao meu lado e retira a camiseta também, antes de soltar um suspiro fundo e começar a observar a paisagem campestre ao redor.

Agora nós dois estamos com os peitorais expostos, pelo menos está mais refrescante agora.

Coloco minha mão na lateral de suas costas desnudas e fico segurando-o sem muita força.

Já estando relaxado, observo minuciosamente toda a paisagem do campo verde, desde as pequenas gramíneas até as árvores frutíferas que cercam ao redor.

— Vou dar uma caminhada pelo campo, vem comigo, Robert. — Me levanto da grama e começo a caminhar pelo campo, o outro vem logo atrás de mim.

Ao caminhar vejo as árvores e gramíneas verdes, junto com flores de cores diversas ao redor, nossos cabelos estão ao vento por conta brisa contrária.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora