Em meus braços

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POV Marco

Chego em frente ao funeral de Müller, seguro um buquê de rosas nas mãos. Fecho os olhos e respiro fundo antes de adentrar ao local. Sou recebido pela irmã mais velha dele, converso com ela por alguns minutos.

Vejo seu semblante ainda abalado pela morte do irmão. Conversamos de como Müller era alguém muito alegre e que tinha um grande futuro, agora interrompido pela morte, lamentou e eu vi o seu semblante triste... Algo de cortar o coração... A abracei e prometi que acharia quem fez isso com ele.

Ele está ali naquele caixão, mais a frente, me aproximo e o fito os olhos agora fechados. Sinto uma tristeza invadir meu peito. Entrego as flores e por fim me despeço dele. Não queria ficar mais tempo ali.

Entro em meu carro, e sinto meu rosto esquentar pelas emoções, e as lágrimas caem de meu rosto, mas logo as seco. Não posso continuar assim.

Vou a delegacia trabalhar. Robert está sentando em frente a mesa, está lindo com uma jaqueta preta e uma camiseta vermelho alaranjado e com os cabelos arrumados, sinto meu peito se aquecer ao ver ele. O abraço carinhoso dele que recebi ontem, me senti tão confortado em seus braços. Até tive uma noite mais tranquila.

Sento em uma cadeira e fico de frente a ele.

—Olá Ma... Que cheiro é esse?! — Ele faz uma careta.

— Rosas brancas... Dizem que elas trazem paz, é o que eu quero para o Müller.

— Fiquei sabendo do velório, você foi?

— Sim, o chefe me liberou e fui me despedir dele. Detesto funerais, mas me senti obrigado. Seria ingratidão eu não ir.

Robert me fita mas não diz nada. Pelo olhar dele demonstra pena.

— Fui recebido pela irmã dele, ela me contou de como ele era alguém divertido e que tinha uma vida longa pela frente.

Robert fica em silêncio.

— Apesar de não sermos muito próximos, a gente se dava muito bem. As vezes emprestava dinheiro para ele ou vice versa. — Solto um suspiro, ao lembrar dele, e coloco uma mão em meu rosto o cobrindo.

— Se um dia ficar apertado, posso te emprestar dinheiro. — Sinto sua mão em meu ombro, fazendo um carinho. Me faz lembrar do abraço que recebi dele, que ele tá aqui comigo.

— Prometi a irmã dele que iria achar quem fez isso. E é o que eu vou fazer agora.

Ele assente e começamos a trabalhar. Começo olhando o local onde Müller foi encontrado.

POV Milik

Deito no sofá de uma casa recém comprada por nós, muito luxuosa, tudo isso fruto do negócio aqui no Brasil, abro um pacote de droga e um cheiro para comemorar, isso tá bom demais.

Sou interrompido com alguém batendo na porta. Quem deve ser a essa hora? Estou só com um roupão. Atendo a porta e me deparo com Piatek

— Piatek?

— Oi Milik. — Ele boceja.

— Veio fazer o que aqui? Robert te mandou?

— Não, eu só vim dormir, faz dias que não tenho uma noite decente de sono.

— Dormir? — Olho para seu rosto e vejo que seus olhos estão com olheiras. Pela cara não dorme bem faz tempo.

Ele entra e senta no sofá. Pega também um pacote de droga e cheira.

— Fiquei sabendo que você matou um policial.

— Ele estava descobrindo muita coisa, se continuasse assim a situação iria ficar complicada para a gente.

Leweus - Fica ComigoOnde histórias criam vida. Descubra agora