Pov Marco Reus.
Já nos corredores da delegacia, após quase quinze minutos depois de prender os vândalos perto da manifestação política, dirijo-os de forma impaciente até entrega-los para os outros agentes que ficam responsáveis por cuidarem do resto.
Tento me afastar um pouco de meus colegas para tomar um ar, estranho ao escutar risadas baixas pouco depois, olho de lado e noto que discretamente meus colegas riem e tentam disfarçar suas caretas do rosto, bufo e reviro os olhos, é melhor não ficar aqui...
Caminho lentamente em direção ao vestiário para me trocar.
Minha cabeça lateja de dor...
Ao chegar lá, abro meu armário e retiro a parte superior de minha farda, deixando meu abdômen exposto.
Antes de vestir minha roupa usual, começo a sentir um incomodo crescente no rosto e ao tocar minha bochecha com dois dedos, sinto algo seco...
Vejo um pó branco neles, volto meus olhos para meu reflexo em um dos espelhos do vestiário, minha cara está quase inteiramente pálida e com a região próxima dos lábios manchada com sangue seco. Não sabia que aquela granada tinha deixado meu rosto desse jeito.
Com essa cara fiquei parecendo um palhaço assassino, melhor me limpar logo desse pó branco e desse sangue.
Infelizmente, começo a sentir os efeitos que fiz na perseguição, o ferimento em meus lábios ainda sangra e minha respiração continua descompassada.
Meu coração bate desregulamente e minhas pernas começam a fraquejar e para minha infelicidade, minha cabeça lateja sem parar de dor, me deixando um pouco desnorteado...
Passo a língua ao redor dos lábios, consigo sentir o gosto metálico ainda fresco do meu sangue.
Solto um suspiro pesado. Não estou legal...
Antes que piore, vou até a enfermaria e fico sob os da mesma.
A enfermeira me manda deitar numa nessas camas duras de hospital, ainda estou com meu peitoral exposto e tenho o rosto limpado com álcool e o corte em meus lábios fechados por um curativo, arfo pesado ao sentir uma ardência causada pelo álcool...
A enfermeira me dá alguns comprimidos para passar a dor de cabeça e a tontura.
POV Robert Lewandowski.
Vou até as calçadas próximas as avenidas após acabar de sair de uma pequena loja de conveniência.
Estou usando meus óculos de sol para que meus olhos não ardam por conta do forte Sol daqui.
Já são quase onze da manhã e já deve estar beirando os trinta graus nessa cidade, calor infernal, como sempre.
Retiro da minha sacola uma bebida gelada que acabei de comprar e a levo até minha boca, me refrescando com um gole.
— Esse tá bom... — Digo para mim mesmo, após dar um gole.
Pego minhas chaves do bolso, destravo meu carro e o adentro-o.
Fecho a porta e já sinto o forno que está o carro. Retiro os óculos de Sol e ao tentar colocar as mãos no volante, sinto meus dedos queimarem ao tocar o tecido do volante, minha reação imediata é retirar os dedos dali e logo começo a assopra-los e sacudi-los para aliviar a dor.
Solto um palavrão, xingando o Sol e ligo o carro, assim como o ar-condicionado para me livrar dessa sensação de calor.
— Porra, não tem nem vinte minutos que estacionei...
Dou um gole em minha latinha enquanto encaro a multidão distante de mim, em outra avenida.
Tenho que ligar para Bastian...
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Leweus - Fica Comigo
FanfictionMarco Reus, jovem policial, trabalha com um novo agente, ele tem uma sensação estranha do que está acontecendo, não sabe o porquê, nem o que é, mas algo indica que o novo agente não é o que parece.