Sentimentos

Capitulo 25

Salve pessoal, desculpa pela demora é que esta difícil conciliar trabalho e todo o resto kkķkkk

Ayla

Acordei com uma dor de cabeça insuportável, parecia que eu estava de ressaca.

E eu estava!

Pra contar tudo que passei para Marcela, eu bebi. Desci até a pequena adega que tenho na minha casa e peguei uma garrafa de whisky.

Me sentei no chão do quarto e despejei tudo que eu sabia. Tudo o que eu, minha irmã e a Valentina tinham os passado nas mãos do desgraçado do Heitor.

- Agora ele está solto? - Marcela perguntou enquanto me servia de mais um copo.

- Sim!

- Ele ficou bastante tempo preso, não entendo muito de leis, mas ele era de menor. Cinco anos é mais do que costuma se aplicar, certo?

- Sim!

- Você pode me dizer mais do que 'sim'?

- Eu não sei muito sobre os autos da condenação dele...

- Você é advogada e não sabe sobre os autos do crime que mexeu com a sua vida? - Marcela me interrompeu e cuspiu sua indignação.

- Eu só queria esquecer, ok?! - me levantei e senti tudo rodar - Eu não fui atrás de nenhum tipo de informação, porque tudo que eu queria era esquecer tudo que aconteceu naquele dia. Todas aquelas horas foram tortuosos, então eu sinto muito se eu não quis me aprofundar num caso que me causa tanta dor.

- Você devia ter me contado. - Marcela constatou com tristeza.

- Sério?! - Eu já estava bêbada - O que você queira que eu dissesse? ' Oi Marcela, meu nome é Ayla e eu fui refém do meu ex...'

- Para! Para! - ela gritou enquanto eu falava - Eu não te conheci ontem, Ayla. Já estamos juntas a um tempo, acho que você já poderia ter confiado o que houve a mim.

- Você está certa! - Eu ri em deboche - mais eu não queria. - ela demonstrou surpresa - Eu não queria tocar no assunto, eu não queria me lembrar. Sabe o que eu queria? - ela negou com a cabeça- Eu queria seguir em frente e deixar toda essa merda para trás.

Enchi meu corpo mais uma vez, mas a Marcela o tomou da minha mão.

- Acho que já chega, Ayla. Você já bebeu demais.

- Você me odeia, não é? É muita porcaria para uma pessoa, não é?

- Eu não te odeio. - Marcela me abraçou - Eu só queria que tivesse me contado, assim eu estaria preparada para te amparar. Hoje eu não estava.

- Sinto muito - sussurrei.

- Vamos pra cama. - ela não prolongou o assunto.

A luz que entrava pela janela do meu quarto parecia um insulto à minha pessoa. Eu esbravejei mentalmente por ter bebido demais.

Era só uma dose de coragem, mais tive que beber muito para ter coragem de reviver tudo aquilo. Uma ferida como a minha nunca mais iria cicatrizar, ontem eu tive certeza disso.

- Óculos de sol dentro de casa?

- O que você faz aqui? E fala baixo.

- A Marcela me ligou, disse que era informação demais para digerir de uma só vez.