Capitulo 42

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Valentina

Quando a assunto surgiu, meu coração batia muito forte. Eu estava com aquela caixinha guarda a pelo menos um mês.  Eu queria propor, mas eu achava que a Ayla não iria querer, o já não tivesse expectativa de um pedido romântico.

O que eu fiz foi deixar os dias correrem e fui pegando suas deixas para saber então o que fazer.

Conversar pela manhã sobre morarmos juntas, era o que eu precisava para enfim tomar coragem e pedir a mulher dos olhos verde em casamento.

E tudo se encaixou, sugestão de morarmos juntas, um jantar em aleatório – pareceu perfeito – e eu propus.

Ayla estava simplesmente maravilhosa, não sei como ela consegue estar cada dia mais linda.

Apaixonante.

O jantar correu perfeitamente bem, conversamos e bebemos, até que tomei coragem. De início seu desespero em tentar me explicar e se justificar foi fofo, mas sua cara de surpresa quando coloquei a caixinha sob a mesa e comecei a falar, foi magnífica.

O sorriso crescendo aos poucos, desmontando a cara de espanto e dando lugar a felicidade. Eu estava nervosa demais, minhas mãos tremiam e suavam de tão tensa que eu estava.

Depois do sim e o espumante que o restaurante nos ofereceu para comemorar aquele momento fomos para casa da Ayla.

Lá nós nos amamos, lá minha agora noiva se derreteu em meus lábios, se entregou aos meus dedos e me presenteou com aqueles olhos fudidamente perfeito, em chamas.

Como eu amo seus olhos.

- Eu te amo! – ela sussurrou em meus lábios com o corpo ainda tremendo em meus braços.

- Eu te amo! – fiz questão que ela soubesse.

Acordei no outro dia pela manhã, Ayla ainda dormia tranquilamente,  fui até a cozinha preparei o café e levei até na cama para ela.

- Bom dia! – beijei seu rosto.

- Bom dia! – ela disse com preguiça.

- Eu trouxe café.  – Ayla se sentou e coloquei a bandeja em seu colo.

- Hummm... o cheiro está ótimo, bebeu o gole do café e mordeu uma torrada.

Me sentei de frente com ela e me servi.

- Que horas é?

- Seis horas. Te chamei logo para que não perca hora de trabalho.

- Você não vai hoje? – bebericou novamente seu café.

- Vou sim, mas entrarei mais tarde.

- Hummm... Que céu.

- É sim!

Terminamos nosso café em um clima amistoso.

- Conversamos hoje a noite? – perguntei.

- Não sei, amor. Preciso ver como a Francesca vai estar devido aquele caso.

- Me liga, então. Se você chegar cedo em casa.

- Pode deixar. – Ayla me beijou e saiu.

Olhei pela janela seu carro se afastar, mas algo além de seu automóvel me chamou a atenção. 

Um outro veículo preto, estava parado ali com a janela meia aberta. Senti um arrepio percorrer meu corpo e imediatamente fechei as cortinas. Fui para o quarto e comecei a me trocar, aquela sensação ruim ficou comigo o dia todo.

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