Capitulo 26

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Ayla

Acordei na minha cama, sem fazer a menor ideia de como eu tinha chegado aqui. Olhei para o lado com uma pequena esperança de encontrar a Marcela ao meu lado.

Em vão. Era óbvio que ela não estaria ali, não sei porque eu ainda acreditava que alguém poderia fazer parte da minha vida depois de descobrir a merda que era o meu passado.

Ninguém era capaz de lhe dar com isso, nem eu mesma era.

Levantei lentamente, forçando meu corpo a sair da cama. Tomei um banho para tentar despertar e sair daquele marasmo que me encontrava.

Tinha um trabalho para entregar e se eu queria me dar bem eu tinha que fazer da melhor maneira possível.

Desci até a cozinha preparei o café, recebi as mensagens da minha chefe. Ordens para só aparecer lá quando tivesse algo que ela pudesse usar a favor da nossa cliente.

Eu tinha uma papelada empilhada na mesa de centro da sala para estudar e não tinha tempo para lhe dar com a minha depressão.

A Marcela tinha cutucar a fundo minhas feridas e agora eu estava ali sozinha mais uma vez para supera-las.

Me servi de uma xicara de café fervendo e me sentei no chão espalhando os papéis que havia juntado no dia anterior.

Lia de forma incansável e intensa, eu tinha que buscar mais além de o fato que ele tinha uma amante.

É lógico que isso já era algo relevante, mais eu precisava de mais. Me enterrei naquela papelada e achei.

É isso!!!

Me levantei e entrei em uma roupa decente, fui até o escritório para encontrar minha chefe completamente impaciente.

- Aonde você se meteu?

- Você me disse para aparecer só quenado eu tivesse algo relevante. Eu estou aqui.

- Espero que seja algo bom.

- Sim... São mensagem do filho do Carlos Eduardo com a amante. João Ricardo estava tendo um caso com a amante do pai.

Mostrei para minha chefe que ela tinha uma filha e que a principio eu suspeitava que era do Carlos Eduardo, mas diante das circunstâncias eu achava que o filho era de João e que seu pai havia descoberto.

- Acredito que ele tenha descoberto, assim ele iria tirar o nome dele do registro da pequena Sofia. É um motivo bastante forte para se cometer um crime.

- Você é incrível Ayla!

- Tenho que ser boa em alguma coisa.

- O caso é seu!

- Como assim? - perguntei espantada.

- Você já está mais do que pronta.

- Mais e se eu estragar tudo? - senti o nervosismo crescer.

- Ayla esse caso já estava perdido se não fosse as informações que me trouxe. E... - ela me encarou - Você da conta Ayla.

Sai da sala o mais rápido possível, entrei no elevador e lá comemorei como se tivesse ganhado um prêmio muito importante.

E era importante, eu estava ajudando a Francesca a algum tempo, lógico que tudo isso atrás do meu lugar ao sol. Eu almejava muito mais.

Mais também sabia que não seria tão simples chegar no topo, mas desistir não era uma opção e agora com essa chance de representação. Tudo dará certo.

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