Sentimentos

Capitulo 24

Lorena

Ela estava em coma induzido, os médico optaram para que a recuperação dela fosse no seu devido tempo.

Era uma das tentativas de ela não ficar nervosa ou coisa do tipo, assim sendo ela ficaria pelo menos uma semana naquele estado.

Os médicos também disseram que só quando ela acordasse que eles poderiam dizer se ficou alguma sequela, até então a cirurgia tinha sido um sucesso.

As palavras do médico não me acalmar nem um pouco, mesmo eles dizendo que tudo saiu dentro do esperado, nos não sabíamos de nada.

Não tínhamos a menor ideia de como ela iria acordar, se o procedimento havia afetado alguma área importante.

Me sentei sentindo derrotada.

Como saímos de um final de semana perfeito - na teoria - para um hospital? Somente a incerteza de que ela sairia dali bem.

Tudo aquilo estava me corroendo, eu precisava saber o que fiz para deixar a Valentina daquele jeito.

Valentina

Acordei num quarto de hospital, com as pálpebras pesadas e o corpo casando de estar deitado. Havia algumas pessoas de branco a minha volta.

Será que eu morri? Se eu não morri estou prestes a fazer, porque todos me olhavam com ar de sério como se esperasse alguma reação minha.

- Valentina? - O homem a minha esquerda chamou.

Virei minha cabeça muito lentamente para poder ve-lo melhor.

- Como se sente? - O silêncio perdurou por alguns segundos.

A expectativa em seus rostos estava me assustando.

- Eu estou em um hospital - disse enfim - Como acha que me sinto?

Mesmo com a minha grosseria, o alívio de todos era palpável.

- Queremos fazer alguma perguntas, tudo bem? - Sua voz era calma e ele falava pausadamente.

- Tenho outra escolha? - ele sorriu como se não se importasse com minha falta de educação.

- Poderia apertar a minha mão?

Colocou sua mão sobre a minha e esperou pacientemente uma reação minha. Que não veio.

Não no primeiro instante, muito devagar apertei sua mão sem muita força.

- Ótimo! - parecia uma vitória para ele.

- Possa sabe o que aconteceu? - todo aquele suspense estava me deixando nervosa.

- Qual a última coisa que se lembra? - forcei minha mente para tentem lembrar.

Então olhei para o meu irmão que estava escondido atrás do meu pai.

- De discutir com aquele babaca ali atrás. - falei baixinho pois minha voz na saia com a força que eu queria.

Todos os olhares se voltaram para Victor, que se encolheu minimamente sem saber o que fazer.

- Foi o que aconteceu? - ele se virou para meu pai que apenas balançou a cabeça confirmando o que eu estava dizendo.

- Ótimo, você está com a memória ativa.

- O que isso quer dizer? - meu pai perguntou um tanto aflito.

- Isso quer dizer que a cirurgia não afeto o espaço de suas memórias, isso é bom já que tem um histórico de amnésia.

- Ok! - disse apenas. Eu me lembrava de tudo.