Capitulo 34

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Ayla

- Ayla? Você se machucou? – Alice perguntou

- O que você faz aqui? – Perguntei entre os dentes.

- Ayla! Você se machucou? – Fantine apareceu na minha frente, ficando entre eu e a Valentina.

Me forçando a olha-la, eu respondi:

- Eu não me machuquei, agora você pode me explicar o que ela esta fazendo aqui?

- Ayla, ela está aqui por você.  – Fantine tentou explicar – Eu achei que seria bom vocês enfim conversarem.

- Você achou que seria bom?! – Ri com escárnio - Você a trouxe aqui? – Eu a encarava com fúria.

- Ayla, você precisa...

- Eu não preciso de nada! – Rugi.

- Ayla, se acalma, por favor?! – Alice pediu tentando remediar.

- Me acalmar?! – Dei dois passos para trás – Vocês armam uma papagaida dessas e depois vem pedir para eu me acalmar?

- Ayla, eu pensei que seria bom vocês duas enfim conversarem.

- Bom pra quem? Alguém me perguntou se eu queria? – fui me afastando – Vocês não tem o direito de decidir por mim.

Abri a porta e desci. Eu estava com tanta raiva que eu fui pelas escadas, cheguei no estacionamento como um vento. Entrei no carro e dei ré, eu tinha que sair dali o mais rápido possível.

Alinhei o carro em direção a saída, fechei os olhos por alguns segundos, tentando me recompor. Eu estava tremendo demais, quando eu abri novamente, lá estava ela. Parada na frente do meu carro e me encarando como se eu estivesse fazendo birra.

- Sai da minha frente. – falei.

Ela fez de conta que não era com ela e não se mexeu. Então abri a janela e gritei:

- Sai da minha frente!

- Desce. – ela falou com autoridade - Eu não vou sair daqui enquanto você não falar comigo.

- Sai da minha frente! – Falei mais uma vez e pisei no acelerador.

- Vai em frente. – Ela gritou – Eu já estou morta mesmo.  Só torna real definitivamente. – ela me encarou e continuou parada no mesmo lugar.

Encostei no banco deixando meu corpo desistir.  Meus ombros caírem e minhas forças se esvair.

- Você não pode culpar suas amigas por te querer bem. Você não pode agir daquele jeito só porque não quer falar comigo.

- Quem você pensa que é pra vir aqui e me dizer o que eu posso ou não?

- Não sou ninguém – ela falou baixinho – pelo visto sou seu tormento e seu fantasma. Não sou alguém que te faz bem, mais não é justo você tratar a Fantine do jeito que você fez a pouco. Desce Ayla precisamos conversar.

- Se você tem um pouco de respeito por mim, vai sair da minha frente e deixar eu ir embora.

- Ok! – seu tom era triste, ela deu um passo para o lado – Mas eu vou estar aqui, pra na hora que você estiver pronta possamos conversar.

Eu só balancei a cabeça e partir, mas me despedi mentalmente ao olha-la pelo retrovisor.

 

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