Capítulo 9

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Ayla

Quando chegamos em casa as surpresas não parava de acontecer. Eu abri a porta e dei de cara com ela, Valentina.

- O que você está fazendo aqui? – eu franzi a testa e não tinha gostado nada de vê-la ali.

- Eu te mandei mensagem e você não me respondeu, então eu vim até aqui e sua mãe me contou o que estava acontecendo, aí me ofereci para ficar com a Anya pra que ela pudesse ir lá com você.

- Nossa quanta gentileza da sua parte. – ironizei.

Ela ignorou totalmente meu ataque.

- E como ele está? – ela me perguntou, mas quem respondeu foi minha mãe.

- Agora está tudo bem.

- Que bom!! – ela parecia aliviada. – E você, como se sente? – ela realmente estava fazendo aquilo?

A Valentina não podia pedir para eu me afastar e depois vir até minha casa fazendo de conta que nada aconteceu e se fazer de amiga preocupada.

- Como você acha que eu estou, Valentina? Meu ex disse que iria pular de um prédio de 20 andares por minha causa, como você acha que eu estou me sentindo? – eu a encarava e jogava minha ira sobre ela.

- Ayla, você não pode falar assim com sua amiga, ela está preocupada.

- Ela não é minha amiga! – Cuspi as palavras.

- AYLA! – minha mãe chamou minha atenção.

- Esta tudo bem, tia Júlia. Ela só está nervosa.

- Eu estou nervosa?!– soltei uma risada carregada de sarcasmo – Eu estou puta da vida, e você estar aqui não está ajudando. – eu olhava nos seus olhos.

- Eu sinto muito! – ela também me encarava – Não vou mais atrapalhar. – Ela foi até a porta e minha mãe a acompanhou.

- Perdoe ela Valentina. Ela acabou de passar por muita coisa.

- Pode ficar tranquila tia Júlia, eu não estou brava e está tudo bem. – ela se foi e minha mãe fechou a porta.

- Ayla, você quer me explicar o que foi isso? Descontar na sua amiga sua raiva não é certo.

- Por que você não me disse que ela tinha ficado aqui com a Anya? – eu continuava atacando todos.

- Ayla, abaixa seu tom agora! – ela ordenou – Eu não vou admitir que você fale desse jeito comigo, quem você pensa que é para falar com sua mãe desse jeito? Mais respeito garota.

Eu emburrei mais ainda a cara, subi as escadas batendo o pé e quando entrei no meu quarto eu bati a porta com muita raiva.

Comecei a jogar tudo que eu encontrava pela frente. O que eu tinha acabado de fazer? Por que aquelas coisas estavam acontecendo comigo? O que seria da minha vida de agora em diante? Já que eu estou presa a uma pessoa que eu não amo.

Senti minhas forças sumirem do meu corpo e deixei que ele caísse ao chão. Deitada no piso frio eu chorei mais ainda.

Acordei no outro dia ainda no chão, minha mãe estava batendo na porta sem parar.

- Ayla! – ouvi me chamar.

Com o corpo todo dolorido e sem muitas forças eu me levantei, arrastando meu restos mortais até a porta. Destranquei e esperei minha mãe empurrar encostada na parede.

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