Dezoito

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Ele

Desperto com alguém sentando-se na cama. Grogue, demoro alguns segundos para entender o que está acontecendo até que a mulher mais linda que já vi na vida, vulgo Isabela, aparece em meu campo de visão.

Em seus braços está pousada uma bandeja abarrotada de comida e bebidas, com salada de frutas, alguns pedaços de torta salgada, tipos diferentes de pães, frios, café e suco de laranja. A harmonização das cores e texturas dos alimentos me faz sorrir. Isabela realmente ama o que faz, está tudo muito caprichado.

–– Bom dia. –– Ela aconchega a bandeja no canto do colchão e se inclina para me dar um selinho rápido. Veste somente a lingerie que usava na noite anterior, antes de eu arrancá-la dela. Vê-la assim me deixa instantaneamente excitado e morto de vontade de colocá-la nua sob mim de novo. Seria uma ótima forma de começar o dia.

–– Bom dia. –– E me sento direito, franzindo a testa e olhando-a feito um imbecil. Cacete, a noite passada realmente aconteceu? Não foi um sonho?!

–– O que foi? –– questiona, me encarando de volta com curiosidade e um tiquinho de diversão. Seu cabelo está preso num coque alto, mas algumas mechas que se desprenderam caem feito espirais por sua nuca.

–– Tô tentando me convencer que você está mesmo aqui. Parece um sonho.

Um pequeno e selvagem sorriso desponta em seus lábios. Isabela ergue-se com cuidado para não derrubar os líquidos da bandeja e senta-se em meu colo, encaixando as pernas ao redor das minhas. Sentir o calor delicioso que emana de seu corpo desregula minha respiração, além de me deixar sedento para me enfiar entre suas coxas.

–– Isso é real –– sussurra bem próximo do meu ouvido com um timbre rouco que me arrepia até à alma. Um segundo depois ela mordisca meu pescoço, além de se esfregar sem pudor em mim. Uma das mãos acaricia meu peitoral, descendo e subindo devagar, lançando fagulhas de prazer por todo meu corpo. –– E isso também. –– Dito isso, Isabela captura minha boca com a sua.

O beijo começa lento e profundo, aos poucos dando lugar à rapidez e intensidade.

Cara, essa mulher sabe como me provocar. Ah, como ela sabe. E eu seria muito trouxa se a tivesse deixado livre para ficar com outro.

–– Ah, Bela... –– murmuro quando ela dá uma passada de língua no meu lábio inferior. Realmente a vontade de transar mais uma vez com Isabela está cada vez mais forte.

–– Está convencido agora? –– inquire, infelizmente saindo de cima do meu colo. Estou tão rígido e erguido quanto um poste.

Sorrio de lado, deslizando a alça do sutiã pelo seu ombro. Já que ela começou...

–– Nem um pouco.

Ela dá um tapinha na minha mão, subindo a alça de volta.

–– Primeiro vamos comer –– fala tranquilamente, como se não tivesse me estimulado cinco segundos antes.

–– Quero comer você –– sussurro, já avançando nela.

Isabela estreita os olhos e me detém com um gesto.

–– Só depois do café da manhã –– diz com firmeza. –– Depois vai ser a minha vez de te dominar. Você não faz ideia do que quero fazer com você.

–– Fechado –– concordo. Vai ser maravilhoso vê-la e senti-la sentar devagar em mim... Já imagino o tanto de coisas que...

Um golpe repentino e quase insuportável na cabeça começa, fazendo-me fechar os olhos e esquecer imediatamente o que pensava.

#2 - Logo Após Você PartirOnde histórias criam vida. Descubra agora