Azul

29_nem meu xixi

Anna

...- Verdade ou consequência Gabriel?

Por quê a garrafa caiu nele? Ele acabou de cumprir o da Xany.

Vai se fuder, quem inventou esse jogo.

Fala verdade, Gabriel.

- Consequência. - falou o Gabriel.

Filho da mãe.

Isso é a cara dele.

- Te desafio a... - fez uma pausa. - dar um beijo no pescoço e uma mordida na orelha... - o garoto sorriu perverso, olhou pra Xany e ela sorriu.

- pra quê tanto detalhe? É só um desafio. - perguntou o Gabriel.

- Deixa. - falou a Xany.

- Você achou ruim, Gabriel? Então, vou colocar você pra beijar o corpo todo. - Olhou pra Xany mais uma vez.

Ela tá adorando, sabe que essa essa consequência envolve ela.

E eu tô só morrendo de...

Sei lá do que eu tô morrendo.

- Na garota de azul. - falou e todos ficaram confusos.

Quase saiu fogo do nariz da Xany, eu quase ri da cara que ela fez.

Que cara filho da puta, gostei dele.

Tadinh...

Por quê tá todo mundo olhando pra mim?

Espera, só tinha eu de azul ali.

Meu sorriso se desfez e o do Gabriel, por algum motivo, se formou bem pequeno no canto esquerdo dos lábios.

- Ok, corpo todo não. - falou o garoto sorrindo debochado pra Xany e o Gabriel fez biquinho pra mim. - Eu quero vários beijinhos no pescoço dela, eu vou marcar os segundos ou minutos e saiam da roda, a gente quer jogar.

Por quê de repente fiquei nervosa?

Ele veio de joelhos até mim, ficando na minha frente e fazendo gesto com a cabeça para que eu me afastasse da roda junto com ele.

Ódio

- Esse cara não perguntou se eu aceitava o desafio. - Sussurrei enquanto me afastava de costas, e de joelhos.

- Você não tem tanta escolha assim. E aliás sou eu, você confia em mim. Eu sei que você aceita. - sorriu.

- Eu não aceito.

- Beijar o Vitor, você aceita. - sua voz quase falhou. - Tá jogando por quê quer, então você aceita tudo.

Nós estávamos um pouco distante agora, mas se as pessoas quisessem ficar nos olhando enquanto o Gabriel beijava o meu pescoço, elas veriam perfeitamente, isso me deixou nervosa.

E se do nada, sem querer, eu gemer ou fazer uma careta?

Meu coração começou a bater forte, não fiquei assim nos outros desafios.

- Senta nesse banco. - olhou para trás de mim e eu percebi um banco. Sentei no mesmo.

- Os segundos tão passando e você nem terá tempo. - debochei dele.

- Pena que você nem vai perceber quando o tempo acabar, vai estar ocupada demais gemendo igual a louca que você é. - Se isso foi pra me causar medo, ele conseguiu.

Ele se aproximou e apoiou suas duas mãos nas minhas duas coxas. Esse filho da puta.

Eu tentei tirar sua mão da minha coxa.