13_despir você

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Anna

- É impressão minha ou você acabou de dizer que me viu dormindo?

- Não tenho culpa se você deixa a janela aberta. - falou e eu arregalei os olhos e puxei seu pescoço para sentir seu cheiro.

- Oh linda, vai com calma que eu sou tímido. - ironizou.

- Você entrou no meu quarto ontem, seu louco?

- Você tava me espiando quando saí da minha casa com bebida, depois vi sua janela aberta e...

- Minha janela aberta não é um convite. - interrompi ele com ódio. - isso não te dar o direito de invadir meu quarto. Eu deveria ligar pra polícia agora.

- Me desculpa, eu só...

- Você tem noção de que na minha casa tem porta?

- Eu não sou louco, apenas fui ver quem estava me espiando, eu juro que não trisquei em nada e nem em você, eu só observei você roncar.

- Eu não ronco seu merda. - senti minhas bochechas queimarem.

- Então pergunta pra qualquer pessoa que dormir com você. Eu posso te responder essa pergunta quando você quiser.

- Você acha mesmo que eu dormiria na mesma cama que você? Nunca. - ele riu.

- acha mesmo que eu te deixaria dormir em uma cama comigo? No mínimo eu ia te foder a noite toda, não só na cama, em todo lugar do meu quarto. - disse com firmeza e até tremi na base.

Não iamos dormir? Acho que ele já viu crepúsculo.

- o tesão que eu tô tendo em você só vai acabar quando eu perceber que tô te comendo de quatro na minha cama, não aceito menos que isso. - nessa posição meu galã? Eu sou virgem.

mc Gui encheu a cabeça dessas crianças com aquela música.

- Cara, você vai morrer com tesão. - ri. - Você precisa parar de alimentar esse ego, olha onde ele foi parar. Eu não vou dar pra você. - falei em um tom alto e apontei o dedo na cara dele. -tirei sangue dessa boca... - olhei para sua boca e o percebi olhando para a minha. - por isso estamos quites. Mas da próxima vez que entrar no meu quarto, eu quebro sua cara.

- Então você quer que eu entre? - sorriu malicioso.

Ele NÃO cansa.

Eu suspirei impaciente e roubei a bolsinha de sua mão.

- Ei, me devolve isso, agora.

Eu joguei a garrafa no lixo e ele quase incorpora minha vó quando falo que adoro hambúrguer.

Me encostei na parede e cruzei os braços, analisando sua reação.

Quase vi o garoto desmaiar. Ele andava de uma lado para outro, até achei que fosse arrancar o próprio cabelo se passasse a mão mais vezes daquela forma.

- Você não tem esse direito. - ele chegou perto tentando me intimidar.

- Eu não tô nem aí.

- Garota... - ele se aproximou mais, parecendo bravo.

Dar pra ver no seu comportamento que ele é um alcoólatra.

- Ah, mas você tá bravinho? - ironizei rindo.

Ele não ousou tocar em mim, mas seus olhos azuis me queimavam tão intensamente que eu tinha a impressão que realmente estava pegando fogo.

- Está brincando com o que não deve. - seus olhos suavizaram.

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