ele pousou suas duas mãos sobre seu rosto parecendo exausto.
Tenho consciência que sou cansativa.
- Porquê insisto, Deus? - perguntou olhando para cima. - caralho.
- Sai. - ordenei.
- Acho que a gente não terminou algo. - ele abraçou a minha cintura e me puxou em um movimento brusco.
- Você tá maluco? Sai. - empurrei ele, mas ele era forte e nem se moveu.
Ele apenas me olhou e com muito respeito, se afastou de mim com uma cara que expressava confusão e raiva.
- Eu cansei de você sua filha da puta chata do caralho, vai se foder. - falou entre dentes e saiu me deixando só. - vai se foder caralho. - ouvi ele resmungar.
- Olha como você me trata. Um grande filho da puta. - gritei do banheiro e escutei sua risada.
- Você me trata do mesmo jeito e ainda me despreza, emfim a hipocrisia. - não levei a sério por que isso me lembrou um meme.
Saí do banheiro e observei o garoto de costas.
A ideia de dar um tapão nessa bunda me veio pela cabeça mas acho melhor não.
Por quê tenho a impressão de que a gente vai se acertar?
Ele parece um irmão, que sei que posso brigar, mas sempre vai tá ali.
Essa é uma sensação estranha.
Deve ser por quê ele é meu vizinho.
Ainda bem que consegui minha paz. imagina levar uma surra da namorada dele porque "sem querer" fiquei com seu presente de Deus?
Eu não resistiria ao seus encantos mas pra minha sorte, ele desistiu de mim, de vez, tudo aconteceu de acordo com o plano.
Um sorriso brotou no meu rosto e fui até ele, que se virou e pude ver que ele estava sério, era o que eu esperava.
a outra blusa caiu bem em mim e percebi que por incrível que pareça, em nenhum momento, ele se voltou para os meus seios.
Isso me deixou estranhamente confortável.
A blusa era curta que não cobria a minha barriga e realçava os meus peitos quase inexistentes.
Ele andou até o elevador e a gente não trocou nem uma palavra, eu apenas estava mantendo minha cara séria e tentando não olhar pra ele.
Ele foi até o espelho e começou a se olhar e mexer no cabelo. Depois ficou fazendo algumas caretas. Como alguém pode ser tão lindo ao ponto de ficar lindo fazendo caretas?
Ele me olhou pelo espelho e eu corei tentando manter minha postura séria e ele também tava tentando manter a dele.
Eu queria rir pelo nosso showzinho idiota de imaturidade.
Desviei o olhar e fingi coçar o nariz para disfarçar a risadinha que soltei. o elevador parou e a gente saiu.
- Vó, a gente já vai. - o Gabriel falou.
- Mas já?
- Sim, precisamos ir - falei e fui abraçar ela. - foi um prazer te conhecer.
- Quero que volte mais vezes. - merda. Olhei pro garoto e ele me olhou, fodeu. Seus olhos me queimavam, expressavam razão sobre não me trazer aqui. - Que cara é essa, Gabriel? Não quer que ela volte?
- Claro. - sorriu sem mostrar os dentes e seus olhos brilharam quando ele olhou pra mim.
Provavelmente, não vou voltar e era sobre isso que ele falou que não queria apresentar qualquer um para eles e ele me apresentou.
- Tchau lindo. - fui até lindo e abracei ele um pouco fraco e com cuidado por conta da cadeira de rodas.
- Tchau menina, da proxima vez que jogarmos seremos rivais, já que você se acha tão boa. - fez toque comigo. Isso tá ficando cada vez mais pior porque também gostei deles.
- Vamos ver quem vai ganhar - falei automaticamente. Droga, acho que dei esperança.
O Gabriel se despediu de seus avós e saimos para fora da casa sem se falar e eu não queria olhar pra ele, estava me sentindo culpada, talvez se eu explicasse pra ele o porque, a gente poderia nos tornar amigos e eu poderia vir aqui.
Eu posso voltar aqui.
Eu sei que estou adiando a operação "fazer ele admitir que tem namorada."
É que ontem ele ficou tão desconfortável que não tive coragem.
Mas preciso trazer aquele assunto á tona.
Será que a garota viajou?
Término.
Como eu sou burra, eles provavelmente terminaram.
Que jumenta que eu sou.
Lerda também.
Mas por quê ele carregaria uma foto dela na bolsa?
Ele apenas não superou.
Isso faz total sentido, até no fato dele pegar várias, isso seria uma tentativa de superar.
Sobre não falar dela, é por quê ela é sua ex.
- Ei. - chamei.
Esperei uns segundos e ele me ignorou.
- Gabriel...
- O motorista chegou.
- Eu precis...
- Eu não quero falar agora, poderia respeitar?
Merda
Eu poderia considerar isso uma briga?
Espero que não.
O Gabriel falou que era para nos levar pra casa e o motorista assentiu olhando para os meus seios, o garoto lançou um olhar mortal em sua direção, o que fez o motorista recuar e olhar para outro lugar. Ele não conseguiu esconder a raiva dessa vez, por mais que ele tenha facilidade em fazer isso.
Entramos no carro e sentamos um pouco afastados enquanto eu apertava minha blusa suja na mão, pela ansiedade.
Quando chegamos, eu saí rapidamente do carro e ele saiu logo após.
- Quer conversar agora? - ele balançou a cabeça que não.
Então vai se foder, garoto chato.
Quem vai se foder sou eu, morrendo de curiosidade.
Não sei o que fazer ou o que dizer.
- Tchau. - falei seca e olhei pra ele.
Ele não me respondeu, apenas colocou as mãos no bolso e se virou.
Ele me deixou no vácuo, que crueldade, acho que ele não gostou muito do fato de que dei esperança aos seus avós de que voltaria lá.
Ou pelo que aconteceu no banheiro.
2 cap em um dia, dps de ficar sem postar por anos, não me questionem pq

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Azul
Teen FictionAnna é uma garota vazia, que está esgotada de sua vida mesquinha e escolhe que quer viver de outra forma, Anna teve um passado difícil e através disso, parou de acreditar no amor. Gabriel é completamente ao contrário de Anna, é cheio de problemas e...