Anna
- Tá, eu vou com você - abri um sorriso tentando parecer o mais normal possível, eu não costumava ir em festas mas preciso socializar.
- Vou subir e tirar essa merda de uniforme - levantou do sofá e em seguida subiu ás escadas.
- Com licença, o almoço já está pronto. - Falou uma senhora com aparentemente quarenta anos, ela estava com um uniforme.
Agora eu morro de preguiça.
- Oi. - Fui até ela e a abracei.
- Oi. - Ela retribuiu o abraço e eu sorri, em seguida sentei na mesa. - Não te vi ontem moça.
- Precisei sair no meio do expediente. - Eu assenti.
Depois disso começamos uma conversa, para mim é mais fácil fazer amizade com pessoas mais velhas do que com pessoas novas, elas são mais legais, te dão conselhos e doces.
Meus primos se juntaram a mesa.
Depois do almoço, fomos para a sala assistir algo, ficamos em dúvida do que ver e acabamos vendo filmes de romance por indicação minha e de Mari. Nós já assistimos simplesmente acontece. A Mari chorou, eu já assisti tantas vezes que até já decorei o discurso que ela fala no final.
O Marcos disse que estava gostando e queria ver mais, então coloquei um filme para fuder com o psicólogo dele, assim como fudeu com o meu.
Como eu era antes de você.
Quando terminamos de ver o filme, a Mari já chorava absurdamente.
- Por que ele tinha que morrer? - vi uma lágrima escapar do olho de Marcos e eu ri. - Tinha que haver uma solução. - Disse o garoto aparentando estar triste. Eles são sentimentais até demais.
- Nem tudo na vida tem uma solução Marcos, as vezes só é pra ser e não tem como evitar.
- É né. - sorriu. - mas eu nunca vou superar.
- É, nem eu. - murmurei.
- A gente tem que assistir mais. - disse Mari limpando o rosto com um lenço encharcado.
- Melhor não, você já chorou muito por hoje. - disse levantando do sofá.
- Depois quero que você me indique mais filmes assim, destruidores de coração.
- Para você encher uma piscina de lágrimas? - Disse e ela revirou os olhos. - Se duvidar, sai lágrima até do...
- Para com isso, você só não chora porquê já viu varias vezes. - ela estava certa.
- Marcos, acho que um dia vou te apresentar uma amiga. - Marcos olhou pra sua irmã e os dois gargalharam. - Que foi? - eles gargalharam novamente.
A Mari fez o movimento com a mão.
O QUÊ?
Eu arregalei os olhos pro Marcos.
- Eu juro que não percebi, me desculpa.
- Ninguém percebe. - riu. - eu não sou tão afeminado, e as pessoas acham que só existem gays assim.
- Você é. - assegurei, sorrindo e ele ficou confuso.
Se fosse brasileiro entenderia.
- Sou!? - eu assenti sorrindo.
Ele é.
- Me conta como se descobriu. Por favor, se não for incômodo, claro.
- Então... - Sorriu confuso. - Quando eu assistia Barbie com a Mari, eu só me interessava pelo Ken mas resolvi ignorar essa parte. - eu entendi um pouco, mas eu dava atenção para os dois, tinha crush nos dois.
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Azul
Teen FictionAnna é uma garota vazia, que está esgotada de sua vida mesquinha e escolhe que quer viver de outra forma, Anna teve um passado difícil e através disso, parou de acreditar no amor. Gabriel é completamente ao contrário de Anna, é cheio de problemas e...