35_Melhor agora.

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Anna

...- não vou sair com você.

- Tudo bem, se não queria por quê pediu?

- por quê vou te foder aqui mesmo. - deu de ombros.

arregalei os olhos e ele gargalhou, mas depois parou vendo minha cara.

- Ei, tô brincando, achei que você já estava esperando por isso. - sorriu, me fazendo o olhar entediada. - Preciso ir em uma reunião para acompanhar minha mãe já que... - suspirou. - o merda do meu pai não vai. - senti um pouco de raiva em seu rosto. Talvez o pai dele seja um merda mesmo e eu não quero me meter.

- Tudo bem, a gente pode sair amanhã. Marcos me chamou pra sair com uns amigos.

- Amigos? - perguntou confuso.

- Sim, ele disse que o Jhony quer me conhecer, aquele seu amigo.

- Ah. - mordeu seus lábios inferiores com força sem olhar pra mim. - Divirta-se. - deu um sorriso.

- O que foi?

- O quê? - falou ele sem olhar nos meus olhos.

- Nada, me diz você.

- Tem mais algo pra me falar? Preciso ir. - se virou.

- Espera. - falei caminhando até ele e ele se virou para mim fazendo nossos olhos se encontrarem.

- Você sempre olha em meus olhos. Por que tá desviando?

Ele não respondeu, mas agora tava me encarando e não parecia seguro de si como sempre.

Isso mexeu comigo. Eu tenho poder sobre ele.

Eu cheguei mais perto dele e puxei sua gravata deixando nossos rostos a poucos centímetros um do outro. Pude sentir seu perfume invadir minhas narinas, que cheiro delicioso.

Mais delicioso ainda é o dono do cheiro.

Senti sua respiração quente sobre meu rosto enquanto seus olhos revezavam entre meus olhos e minha boca.

- Sai da defensiva Gabriel. - sussurrei e mordi os lábios do garoto.

coloquei minha mão na sua nuca e ele sorriu olhando nos meus olhos, puta que pariu, esse garoto é a perdição.

Ele segurou minha cintura e me puxou para si, aproximou mais seu rosto do meu com os olhos fechados e a boca entreaberta.

Aí merda, toda hora tenho vontade de deixar ele na vontade.

Ele acha mesmo que vai me beijar depois do que aconteceu hoje?

Inclinei minha cabeça para trás e coloquei meu polegar em sua boca.

- Ops, você precisa ir. - falei e ele abriu os olhos um pouco confuso mas sorriu negando com a cabeça.

Ele apertou ainda mais a minha cintura, pressionando nossos corpos.

- tem certeza? - murmurou. Assenti.

Não tinha como desviar do seu rosto então fiquei o encarando. Eu Já estava fraca.

- Ok, você venceu. - falou me soltando. - Por quê isso?

- Eu só não quero te beijar.

- Eu sei que foi por hoje de manhã. A gente vai viver de joguinhos e provocações?

- Se você parar, eu paro.

- Uma hora, você cede.

- Uma hora, você cede.

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