Anna
- Vai em frente, pode pedir.
- Pedir o quê? - perguntei confusa.
- O que você quer, ninguém faz nada de graça.
- Prazer, alguém que faz algo de graça, eu não quero nada seu, o que você acha que eu sou? Vai se fuder. - ele me olhou confuso.
Eu até pediria dinheiro, Mas ele se assustaria com o preço.
- Desculpa, qualquer pessoa no seu lugar me pediria alguma coisa.
- Tá, eu quero três coisas. - ele arregalou os olhos. - primeira, quero saber o seu nome, atualmente você é o garoto da bolsinha. - ele gargalhou.
- Sério? Quer que eu rode a bolsinha também? - zombou e eu olhei pra ele com ódio. - Tá meu nome é... - fingiu estar pensativo.
- Sério que você vai inventar? nossa, que engraçado. - falei irritada e ele abriu um sorriso de lado e me puxou pela cintura, eu não tava esperando isso.
- Sério que você não tá nem um pouquinho interessada em mim? não é o que parece - sussurrou no meu ouvido.
Eu encostei minha boca perto do ouvido dele.
-Só me fala a porra do seu nome, será que isso é tão difícil? - sussurrei também e ele sorriu.
- Só se você me der um beijo. - falou e eu sorri.
- Caralho, é só o seu nome, não estou pedindo pra te comer como você fez sem ao menos me conhecer, estou perguntando a porra do seu nome.
- Gabriel, meu nome é Gabriel Pussett. - eu gargalhei. Quase o entendi falar pussy.
- O que foi?
Gabriel é um nome brasileiro. Reza a lenda que quem tem nome Gabriel é um pilantra safado, mas esse Pussett deve ser brincadeira.
- Pussett? - perguntei. É tipo, bucetonaldo, só que em inglês?
- Sim, um sobrenome raro. - ele soltou um sorriso enquanto parecia saber porque eu estava rindo.
- Lógico que é raro, parece mais uma variação de buceta.
- Já me falaram isso antes, por isso todos me chamam de Gab. Odeio que me chamem de Gabriel, então você pode e deve me chamar de Gab.
- Não sei não em, prefiro garoto da bolsinha. - ele riu.
- Você também pode me chamar assim.
- Eu já te entreguei essa porcaria, e não quero mais papo com você. - disse grossa, mas um pequeno sorriso surgiu no canto dos meus lábios. - porém gostei que você tem nome de buceta.
Petição para chamarem ele de buceta.
- Qual o seu nome?
- O quê? Está flertando comigo sem ao menos saber o meu nome? Eu falei na sala de aula.
- Você acha que eu tenho cara de quem presta atenção na aula?
- Não. - ele colocou a mão no peito, fingindo estar ofendido.
- Como não? Sou o melhor aluno da sala.
- nos seus sonhos.
- Sei que não acredita, mas tô falando sério.
- Tá, tá. Sou Anna Santoni. Pode me chamar de Santoni. Amo meu sobrenome e acho mais elegante. - ele sorriu.
- Então tá, Anna. - ele me lançou o olhar mais cínico que já vi e eu fechei os olhos com força.
Me imaginei tirando a pia do banheiro e enfiando na cabeça dessa mula.
- Que bom que entendeu, Gabriel. - retribui o olhar com um sorriso e seu sorriso sumiu fazendo meu sorriso aumentar.
Mas logo em seguida, seu sorriso lindo surgiu novamente.
- Garota... fala o meu nome de novo, por favor.
- O quê? Gabriel? - ele soltou um gemido satisfeito.
- puta merda, odeio esse nome, mas o seu sotaque é uma delícia. - eu bufei. - Você disse que tinha mais duas coisa pra me pedir.
- a segunda é que você me acompanhe nas compras por quê a Mari me abandonou. - ele sorriu idiota.
- Uma ótima desculpa pra passar mais tempo comigo, eu te entendo.
- Mas que convencido de merda.
- irresistível também.
- Engraçado, senhor irresistível, eu te resisti até agora. - ergui uma sombrancelha.
- Você não importa, é só eu sair ali fora e piscar pra alguém que pego quem eu quiser.
- E o que tá esperando aqui dentro, Gabriel? - ele me fuzilou com o olhar novamente.
- Não provoca, qual era o outro pedido, aladin?
- Machuquei seu ego fofinho? - falei apertando as bochechas do garoto.
- Não. Posso te machucar, de uma forma agradável, mas já que você se recusa... - sorriu e eu tirei minhas mãos das suas bochechas.
- Bom, o meu terceiro pedido é que você pare de fumar maconha. - ele riu, uma risada gostosa de ouvir.
- A maconha não era minha.
- e a tequila? - perguntei e ele ficou calado por um momento.
- Então você fuçou a mochila inteira?
- Não muda de assunto, a tequila é sua?
- Sim.
- Então para de beber. - disse óbvia e ele gargalhou.
- Voce parece um anjo dormindo, assim como quando tá calada.
- É impressão minha ou você acabou de dizer que me viu dormindo?
Votem e comentem.
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Azul
Ficção AdolescenteAnna é uma garota vazia, que está esgotada de sua vida mesquinha e escolhe que quer viver de outra forma, Anna teve um passado difícil e através disso, parou de acreditar no amor. Gabriel é completamente ao contrário de Anna, é cheio de problemas e...