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Anna

Abri os olhos percebendo um rosto à pouco centímetros do meu e quase no mesmo instante ele também abriu os olhos me fazendo ficar assustada.

Telepatia?

Nossos rosto estavam quase colados, eu sentia seu cabelo na minha testa e sua respiração no meu rosto.

Era apenas um centímetro e nossos lábios se tocariam.

Ele mexeu sua perna roçando ela na minha coxa, nossas pernas estavam entrelaçadas e ele abraçava a minha cintura.

Olhei para ele outra vez, que não fez o trabalho de se afastar de mim.

Passamos algum tempo ali, apenas mantendo contato visual e quando senti ele desviar o olhar para minha boca, eu me afastei, sentindo seu olhar perdido e sonolento sobre mim.

- Você acordou no mesmo momento que eu.

- Acho que consigo sentir quando alguém tá me fitando fixamente.

- Meu Deus. Ainda é madrugada. - disse ao fitar a janela.

- Que bom, tenho algumas horas para dormir. - sorriu.

Ele se virou de costas para mim e eu fiz o mesmo virando de costas pra ele.

Fechei os olhos e suspirei, mas abri os olhos novamente ao sentir um braço passar lentamente pela minha cintura.

Quando viu que não me mexi, ele se aconchegou em mim, me abraçou apertado e colou nossos corpos.

Ele subiu sua mão com calma e a pousou no meio dos meus seios, o que me fez entrar em alerta.

Ele apalpou sua mão no meu coração e senti sua respiração bater no meu ouvido, antes de sussurrar.

- Por quê o seu coração tá acelerado? - como resposta meu coração acelerou mais. - Relaxa, amor...

Como eu vou relaxar? Você tá sentindo a porra do meu coração e ele tá acelerado pra caralho.

- Eu tô relaxada.

- Não parece.

- É, mas tô.

- Não queria te causar desconforto, pelo contrário, achei que te deixaria confortável, desculpa.

- Tá tudo bem - dei uma pausa - Eu juro. Você tá me fazendo bem. - ele se moveu atrás de mim, parecendo inquieto.

- Como vou dormir depois dessa? Porra, vou falar pra minha vó.

- Para com isso. - ri.

- Boa noi... madrugada, Anna. - ele depositou um beijo na minha nuca.

- Não faz isso, seu filho da puta, eu tenho agonia.

- Ok, então desculpa. - ele riu como se...

Como se soubesse exatamente o tipo de agonia que eu estava sentindo.


Algumas horas depois, senti um tapa leve na minha bochecha.

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