Anna
...Cerrei os punhos e fui pra cima dele.
Ele já tava ciente do que eu ia fazer e se defendeu.
- Não bate no seu pai. - prendeu meus braços segurando eles com apenas uma mão e se aproximou da minha orelha. - Ela não te contou mas eu gozei dentro. - sussurrou e eu quase infartei de ódio. Eu tava tão puta, meu corpo inquieto, minha respiração ofegante e só me aliviaria depois de bater nele. - Tô pensando seriamente em virar incesto. - disse na ponta da minha orelha e meu estômago revirou de novo.
Vagabundo, aproveitador de fraqueza, comedor de casadas.
Dei um chute em suas partes e ele me soltou. Segurei seu pescoço e o empurrei, fazendo o mesmo bater contra a parede atrás dele.
Ele olhou para minha mão no seu pescoço e sorriu.
- Caralho, calma, linda. - ele levantou as mãos em rendição. - Só começa uma coisa quem sabe sustentar ela. - falou. É verdade, eu comecei. Respirei fundo engolindo o ódio. - por quê você falou merda comigo primeiro e foi só eu sussurrar merda no seu ouvido que você ficou puta? Assim não é justo, princesa.
- Não falei nada demais, só falei que sua mãe era gostosa. - disse zombeteira, tentando me acalmar.
- Você falou que comeu ela e disse que deu pro meu pai. - disse entre dentes.
- Você sabia que era brincadeira e você também disse que a minha mãe era gostosa. - ele sorriu.
- Sim, talvez porque a filha dela é.
Que filha? O Vini?
O que esse doidão quer comigo?
- ficou calada por quê? entendeu quem manda e quem obedece? - que filho da puta.
- Cara, você tá pedindo pra morrer? Por quê não me importo de te matar. Se eu for presa, valeu a pena.
- Nossa, quanto ódio. - ele segurou minha mão que apertava seu pescoço e fez com que minha mão apertasse ainda mais o seu pescoço. Isso me fez encarar seus olhos, confusa. - o que fiz para merecer isso?
- Você é um merdinha mesmo, não é? - folguei a mão que apertava seu pescoço, Por que não importa quanto ódio eu sinta, não quero matar o cara.
- Você sabe que marcas da sua mão no meu pescoço pode te expulsar do colégio, né? Posso foder você na diretoria. - debochou lançando um olhar diabólico para mim e depois pareceu perceber algo. - Digo, da forma ruim.
- Da forma boa, nunca aconteceria. - sorri sarcástica e soltei seu pescoço fazendo seu sorriso idiota aumentar.
- Você ainda faz piada? - se aproximou mais. - Se fosse você não se arriscaria tanto assim.
Fiz minha cara mais triste e comecei a brincar com ele.
- Então... você pode me desculpar? Juro que não foi por mal, esse é meu primeiro dia aqui e eu não quero me ferrar de cara...
- Devia ter pensado antes de me agredir fisicamente. - ele faz uma careta. - E porra devia te denunciar por chutar minhas bolas. Eu só segurei suas mãos aquela hora para você não tentar me matar ou algo assim, mas pelo visto não adiantou muito. Acho que trombei com uma maluca. - veio andando na minha direção enquanto eu me afastava e logo eu bati em uma mesa.
Não me afastei por medo, o cara não me causa medo.
Mas me causa umas coisas que é melhor evitar agora.
- Você não me intimida nem um pouco, sabia? - menti. - poderia te estrangular até a morte sem esforço algum.
- Ah é? - perguntou, parecendo se divertir.
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Azul
Teen FictionAnna é uma garota vazia, que está esgotada de sua vida mesquinha e escolhe que quer viver de outra forma, Anna teve um passado difícil e através disso, parou de acreditar no amor. Gabriel é completamente ao contrário de Anna, é cheio de problemas e...