Azul

16_não.

Gabriel

Desci minha mão pelo seu corpo e apertei a bunda da garota.

- Vamos lá pra cima? - a garota sorriu com malícia e eu dei um sorriso maior.

- Azul. - gritou o Louis enquanto jogava um jogo estranho de bebidas.

Azul... isso me lembra algo.

Uma garota estranha veio na minha mente.

Me questionei se foi alguma das qual transei essa semana.

Mas não, é a garota de mais cedo. A que perdi tanto tempo e não consegui nada no final.

Aquela filha da puta linda.

Qual mesmo o nome dela?

Abri um sorriso ladino ao lembrar do sorriso dela.

Nem parece que é maluca.

Não costumo lembrar de uma garota qualquer que dei em cima, muito menos que a cor preferida dela é azul. Nunca cheguei tão longe em uma conversa com garotas.

Minha barriga revira, do nada.

Fico surpreso, não senti isso nem quando estive em uma montanha russa.

Estou morrendo de fome? Mas acabei de comer.

- Ei, tô falando com você. - a garota no meu colo beijava meu pescoço, desejosamente enquanto descia sua mão pela minha barriga.

Retiro as mãos da garota de mim.

- Outro dia, a gente termina isso. - engoli seco, me preparando para a reação da garota.

Simplismente, perdi a porra do clima.

Atiçei a garota e a deixei na vontade porque simplismente lembrei que minha carinha bonita não foi o suficiente para fazer uma garota abrir as pernas para mim?

Aquele furacão fudeu o meu ego e o pior é que não consigo pensar em mais nada.

Eu sei que todo mundo tem um gosto, mas quem caralhos resiste a mim?

E não posso nem ignorar a forma como ela me deixa.

Por quê ela praticamente me humilhou e eu pareço implorar por ela.

- Ouvir dizer que não é de negar foda.

- É, acho que bebi demais.

- Não parece. - me olhou parecendo brava. - Minhas amigas falaram que você é o melhor.

Então já comi amigas dela?

Por quê eu faço isso?

Quando você está sóbrio é bem mais difícil raciocinar algumas coisas.

Sim, ainda estou sóbrio.

Esse com certeza é o dia em que passei maior tempo sem álcool.

- Pode sair, por favor? - perguntei me repreendendo por ter sido um pouco arrogante e ela levantou do meu colo. - me liga. - falei e ela se virou para mim.

- Claro que ligo, nunca perderia a oportunidade de dar pra você. - sorriu e quase revirei os olhos.

Pois é, ninguém perderia, menos aquela...

- Gabriel, tá doente? - Victor se aproximou e sentou ao meu lado enquanto ria.

Eu sou a porra de uma máquina de transar?

Puta merda, acho que sou.

- Essa é a primeira e a última vez. Eu só tô meio cansado. - sorri convencido.