HOW TO SAVE A HEART | BEAUANY STORY

3.4

Joshua Beauchamp

Any saiu com Aurora e entrei numa conversa aleatória com Noah. O restante estava comendo, bebendo, conversando por aí ou dentro da água.

Sina voltou de dentro de casa eu com Aurora nos braços e se aproximou preocupada.

— Josh... a Any...

— O que aconteceu?

— Seguinte... eu não queria contar assim... mas eu estou grávida e a Any acabou descobrindo...

— Parabéns mana! Você com certeza vai ser uma mãe maravilhosa

— Obrigada... – dá um sorriso amarelo que me deixa intrigado

— Josh... a Any entrou em pânico e saiu por aí... eu não sei o que aconteceu... a gente só estava conversando sobre e ela falou sobre como essa fase é frágil... eu não sei o que eu fiz... do nada ela começou a chorar

— Você não fez nada, Sininho... vou atrás dela

Me apresso e saio de casa discretamente. Any não deve ter ido longe... merda... o que será que aconteceu?

A procuro por todo o bairro, não tem como ela ter saído daqui em tão pouco tempo, né?

Não a encontro e decido ir até a praia, vai ver ela está lá... Caminho pela praia à procura dela por alguns minutos até encontrá-la sozinha, com um olhar triste e com lágrimas descendo livremente por seu rosto.

— Meu bem, o que aconteceu? – a abraço por trás

— Pode confiar em mim, linda

Ela para de chorar um pouco e fica em silêncio.

— Tudo bem se não quiser falar... eu vou estar bem aqui quando precisar – deposito um beijo na bochecha dela

— Eu confio em você, Josh, só não sei o que você vai pensar de mim depois que ouvir isso... – diz num tom baixo

— Vida... eu to ficando preocupado... pode me contar o que quer que seja, ok?

— Eu perdi um filho... e... foi nesse mesmo dia que eu perdi a chance de ser mãe, biologicamente falando... – diz e controlo a minha reação de choque com a informação

— Eu estava grávida do Peter, mas naquele dia ele estava muito... agressivo... ele se chateou comigo porque na noite anterior eu saí com as minhas amigas... então fui pro único lugar que eu podia... o hospital... eu ainda era residente então o trabalho era muito pesado...

— Eu não tinha contado pra ninguém da gravidez... porque... eu não fazia ideia do que seria de mim e do bebê – ela diz e sinto meus olhos ficarem marejados

— Eu estava tão aérea, não me alimentei direito e fiquei tempo demais de pé... quando se é residente você faz de tudo pra provar o seu valor... até então estava tudo bem, tirando o meu medo de voltar pra casa... então eu senti uma dor muito aguda no pé da barriga, acabei perdendo a consciência no meio da cirurgia e... sofri um aborto espontâneo

— Na hora de fazer a curetagem para remover... os restos de dentro de mim... algo deu errado... minhas trompas foram danificadas e por isso... eu jamais vou ter outra chance... Você entende agora, Josh? Foi tudo minha culpa... – diz chorosa

— Any, essas coisas acontecem... o início da gravidez é perigoso...

— Eu podia ter ficado em casa...

— Não, não podia porque você vivia um relacionamento tóxico com um filho da puta, quem sabe o que aconteceria se você tivesse ficado?

— Mesmo assim... se eu não tivesse saído com as minhas amigas... nada disso teria acontecido