HOW TO SAVE A HEART | BEAUANY STORY

0.7

Any Gabrielly

As palavras da mãe de Josh não paravam de ecoar na minha cabeça. Realmente, ele não merecia isso, fui mesquinha, anti-profissional e estúpida ao propor essa ideia de casamento à ele, pai de uma paciente.

Me senti péssima e mandei as mensagens no impulso.

Não aguentei ficar agonizando do lado de fora e preferi ir embora. Conversar com Sav é a única coisa que me ajudará a pôr a cabeça no lugar. 

Ela sempre sabe como me confortar.

[...]

Contei cada detalhe à minha amiga e ela me tranquilizou bastante.

Batemos um bom papo por mais um tempo e depois voltei para o meu apartamento. Pretendo passar o restante de dia estudando a falha no coraçãozinho de Aurora.

Entrei no prédio e pedi o elevador, que não demorou muito para chegar. As portas se abriram e me deparei com a figura de Josh. Resolvo questionar seus motivos para estar aqui.

— Josh, o que faz por aqui?

— Podemos conversar?

— Uhum... vamos subir

Logo estávamos em meu apartamento, sentamos na sala de estar, o ofereci uma bebida e ele aceitou. Peguei um copo de whisky para mim também e sentei no sofá.

— Eu sinto muito... por ter te arrastado pra isso e espero não ter gerado um desentendimento na sua família

— Não fui completamente sincero com você, eu também preciso de uma família, me sinto sozinho desde que Maddie nos deixou e eu adoraria participar de uma família agora, mesmo sendo por conveniência

— Você é uma pessoa muito boa, Josh, mas de verdade, não precisa, eu vou ficar bem...

— Acho que você não entendeu bem o propósito da minha visita... eu quero ser o seu marido por esses dois anos

— Sério?

— Sim

— O meu mundo é muito tóxico, a primeira coisa que vão fazer é te medir dos pés à cabeça, é um meio cruel

— Eu não me importo

— Certeza?

— Já passei por coisas piores...

— Tudo bem, vou falar com o advogado

— Minha irmã e mãe querem pedir desculpas e te conhecer de verdade

— Hm... tá bom... Antes de ir, quer conhecer a casa?

— Claro

Mostro à ele todos os cômodos, meu apartamento fica na cobertura de um dos melhores edifícios aqui do Upper East Side, é bem amplo, tem uma vista linda, dois andares, piscina aquecida, três quartos, três banheiros, uma área de serviço, o meu escritório com o meu acervo de livros, uma sala de estar espaçosa, sala de jantar e cozinha em conceito aberto e um cômodo vazio que pode ser ou um quarto de brinquedos para Aurora ou um escritório para Josh, temos que ver isso depois.

[...]

— Não precisa ter medo, Any, aquelas duas só são um pouquinho super-protetoras – Josh diz na porta da casa dele ao notar certo nervosismo da minha parte

— Não estou – nego

— Tem certeza? – pergunta com a sobrancelha arqueada

— Vamos logo – respondo meio grosseira