4.7

10.3K 1K 433
                                    

Joshua Beauchamp

Quando Any me contou que estava grávida uma felicidade sem igual tomou conta de mim, era algo que eu não esperava ouvir... eu já tinha me conformado com o fato de que não podíamos ter um bebê nosso, biologicamente falando, então fui pego completamente de surpresa.

Vim ao México à trabalho, Robert, o CEO da empresa e meu sogro e Melanie, a gestora de contratos também vieram, cada um de nós tinha uma função, Robert veio representar a empresa num evento e Melanie veio auxiliar na negociação de uma transação, porém, ao contrário de mim, os dois já haviam participado de ambas as atividades dezenas de vezes. A minha função era basicamente aprender com eles, em breve, com a iminente aposentadoria do meu sogro, seremos somente eu e Melanie no controle da empresa e muitas vezes eu teria que vir sozinho fechar negócios ou representar a corporação em eventos.

Voltaríamos em dois dias para casa, porém com a notícia de Any decidi me antecipar e peguei o primeiro voo disponível.

Meu sogro entendeu e ficou radiante com a novidade que seria avô. Pedi que ele guardasse a informação para si até termos certeza que está tudo certo com o desenvolvimento do bebê e ele compreendeu e prometeu manter a recente gestação da filha em segredo.

São cinco horas de voo, comprei a minha passagem para daqui duas horas e me apressei para arrumar a minha mala.

[...]

Era madrugada quando a aeronave aterrissou em terras americanas, peguei um táxi no aeroporto e logo cheguei em casa.

Entrei com cuidado, evitando fazer barulho, larguei minha bagagem no nosso cômodo da bagunça e logo subi as escadas.

Passei no quarto de Aurora para dar uma olhadinha na minha pequena que tanto senti falta, dei um beijinho nela e, em seguida, fui para o meu encontrando Any adormecida. A encarei por uns segundos dormindo serenamente e, lutando contra a vontade de só me jogar no colchão, parti para o banheiro para escovar os dentes e fazer as minhas higienes, por fim, fui ao closet trocar de roupa e enfim me deitei.

Pronto para dormir, agarrei o corpo da morena, aspirei o perfume floral que ela usa todas as noites e logo adormeci.

[...]

Acordo com o barulho de Any vomitando no banheiro e logo me apresso em ajudá-la.

— Bom dia – ainda sentados no chão do banheiro, a encaixo entre as minhas pernas e a envolvo com os meus braços

— Bom dia... esses enjoos matinais estão acabando comigo – suspira descansando a cabeça no meu ombro

— Calma, vida, é por uma boa causa – acaricio a barriga quase plana dela – Faz quantos meses que nosso neném tá escondido no forninho?

— Três meses, dá pra acreditar?  Por isso temos que checar se está tudo bem com ele ou ela o mais rápido possível e já iniciar o pré-natal – levanta e vai até a pia escovar os dentes

— Podemos arrumar um encaixe em alguma médica pra você ainda hoje, que tal? – assente com a cabeça

— Vou procurar uma obstetra aqui perto... – digo e já abro meu celular em busca de médicas

— Tem uma num prédio comercial no fim do quarteirão

— Ótimo... tenta arrumar um horário... vou atrás da Aurora, pois ela provavelmente já acordou a essa hora

— Ok...

Liguei para o consultório da Doutora Paliwal e a secretária dela acabou conseguindo um encaixe às nove e quinze, agradeci e logo encerrei a ligação.

HOW TO SAVE A HEART | BEAUANY STORYOnde histórias criam vida. Descubra agora