HOW TO SAVE A HEART | BEAUANY STORY

4.4

Joshua Beauchamp

— É claro que está dando tudo certo... os dois idiotas até já brigaram – ouço Maddison dizer no telefone distraída assim que entro em casa

— Sim, Peter... e o meu pagamento? Combinamos de você passar a metade adiantada – reclama irritada

Viro para Arthur em completo choque e gesticulo para que ele faça silêncio.

— Tchau, tenho que ir... vão desconfiar se eu demorar demais – encerra a ligação e volta para a parte externa

É... mais uma vez eu estava errado.

De repente tudo se conectou em minha mente, ela voltou porque ele ofereceu um dinheiro pra ela e o objetivo era claramente destruir o meu casamento.

A grande maioria das pessoas não mudam mesmo... eu simplesmente odeio essa minha mania de procurar bondade nas pessoas, pois se você tem que ficar procurando, geralmente é porque não quer admitir a verdade bem na tua cara.

E saber que o ex da Any tá envolvido nisso me mata. Por que esse cara a persegue tanto? Eu não entendo... O que ele quer de nós?

Levei meu filho até o banheiro e logo voltamos. Por enquanto não vou tomar nenhuma providência... aprendi minha lição... vou conversar com Any antes.

— Any, vem aqui comigo rapidinho

— Você não tá vendo que eu tô lanchando, não?

— É importante...

— Ok... – levanta e com uns salgadinhos na mão

— Tutu, vamos conversar lá dentro e já voltamos, fique com a vovó Úrsula, ok?

— Tá bom...

Entro em um dos quartos da casa e conto tudo que ouvi para Any.

[...]

— Ela só quer dinheiro ao que parece... – depois de um tempo olhando pela janela Any constata

— É...

— Isso a gente tem de sobra

— Você quer dar dinheiro pra ela ir embora?

— Não pra ela ir embora e sim pra ela deixar a gente em paz

— Ah – fico pensativo

— Você discorda?

— Não... é só que a gente não conhece mesmo as pessoas né

— Pelo menos descobrimos antes de ser tarde demais

— É...

— Isso me faz pensar no quão fácil foi pra ela criar contenda na nossa casa... precisamos melhorar a nossa comunicação, Josh

— Sim... detesto ficar brigado com você

— Eu também detesto, acha que eu fiquei feliz dormindo sem meu chameguinho?

— Desculpa, baby, eu fui um completo idiota... eu... o que posso fazer pra você me perdoar?

— Eu te perdoo... só não faz de novo... doeu ter sido excluída de uma decisão tão relevante

— Não vou mais cometer esse erro, viu... Será que eu já posso abraçar a minha mulher?

— Pode, bobo – ri e uno nossos corpos num abraço cheio de saudade